Implicações do Trauma no Manejo das Vias Aéreas Difíceis

  • Autor
  • Eduardo Franco Correia Cruz Filho
  • Co-autores
  • Simone Gomes Torquato , Carina De Barcelos , Tarciane Carla Gomes Peixoto , Rawllan Weslley Alves Felipe
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO

    As alterações anatômicas inerentes às vias aéreas podem ser causadas por traumas, gerando obstrução, dispneia, disfonia, dor cervical e hemoptise. As condutas seguem etapas de acordo com o grau da lesão e vão desde proteger as vias aéreas a transferir para uma UTI com apoio multidisciplinar.

    OBJETIVO

    O presente estudo tem por objetivo avaliar as lesões de ordem traumática que podem acometer as estruturas da cabeça e pescoço, com enfoque nos danos às vias aéreas que dificultam o seu manejo pela equipe de saúde ao momento da intubação.

    MÉTODO

    Este estudo se trata de uma revisão de literatura do tipo integrativa, de caráter exploratório, com abordagem qualitativa. O processo se deu em seis etapas: elaboração da pergunta norteadora, busca dos estudos na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. Foram usados trabalhos em português, inglês e espanhol, publicados nas bases de dados da BVS, PubMed e Scielo, no período de 2016 a 2021, excluindo-se trabalhos acadêmicos, incompletos ou de acesso pago. Para busca simples foram usados os seguintes descritores: “Manuseio das Vias Aéreas”, “laringe” e “ferimentos e lesões” e o operador booleano AND.

    RESULTADOS

    Foram analisados 05 artigos selecionados como amostra. Os resultados indicaram que a lesão de via aérea superior é a principal causa de morte prematura devido ao trauma. A fratura laríngea acomete 1 em cada 445 pacientes, com mortalidade entre 2% e 15%. Também são recorrentes lesões do pescoço e maxilo-faciais, sendo comuns nas lesões de via aérea superior as ações contundentes (0,3%), e penetrantes (0,6%), com mortalidades de 36% e 16%. As mudanças anatômicas relacionadas, quando dificultam o movimento da coluna cervical, podem dificultar o acesso à via aérea para uma possível intubação. A capacidade de detecção de uma via aérea difícil é um ponto chave para qualquer equipe de cuidado intensivo, sendo essa detecção um fluxo que envolve, inclusive, conhecimentos da anatomia humana.

    CONCLUSÃO

    A ocorrência de danos que complicam o manejo das vias aéreas durante uma intubação, a exemplo de lesões contusas e pérfuro-contusas, é um importante fator a ser ponderado pela equipe de saúde, visto que danos nessa porção anatômica podem ser geradores de óbitos prematuros por trauma.

    Palavras-chave:

    Manuseio das Vias Aéreas. Laringe. Ferimentos e lesões.

  • Palavras-chave
  • Manuseio das Vias Aéreas, Laringe, Ferimentos e lesões.
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