INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença de caráter infecto-contagioso que representa uma das principais causas de mortalidade e morbidade no Brasil. Visando reduzir a incidência e auxiliar na implementação de medidas de saúde pública, é importante compreender a prevalência entre os profissionais de saúde. OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico brasileiro da tuberculose, identificando a prevalência dessa infecção entre profissionais de saúde no período de 2014 a 2020. METODOLOGIA: Estudo ecológico realizado a partir de dados secundários, retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Considerou-se o período de 2014 a 2020, pois no período houve a inclusão de profissionais da saúde dentre as populações especiais para notificação do agravo estudado. Para tabulação dos dados, foi selecionado casos confirmados por região de notificação para profissionais da saúde, segundo faixa etária, raça, escolaridade e sexo. Levou-se em consideração também a forma, a confirmação laboratorial e a situação encerrada, conforme seleções disponíveis no TabNet. RESULTADOS: A prevalência de casos confirmados de tuberculose entre profissionais da saúde foi proporcional à prevalência no resto da população, sendo a região Sudeste com mais casos notificados para profissionais de saúde (45,49%). Há maior prevalência de tuberculose para profissionais de saúde na faixa etária de 20 a 39 anos (51,45%) e 40 a 59 anos (37,26%), escolaridade superior completa (30,85%), raça branca (45,50%) e parda (36,49%), sexo feminino (64,18%) e na forma pulmonar (69,83%). Quanto ao diagnóstico, 50,81% (n=3.641) dos profissionais de saúde não realizaram confirmação laboratorial. Nota-se que 72,24% (n=5.177) dos casos notificados evoluíram para cura, a mortalidade por tuberculose foi de 1,28% (n=92) e o abandono do tratamento ocorreu entre 4,21% (n=302) dos profissionais da saúde. CONCLUSÃO: O presente afasta a hipótese dos profissionais de saúde como um grupo de risco para a tuberculose. Os resultados mostram ainda uma relação inversa entre número de casos e idade, além de uma ligação entre nível de escolaridade e casos de tuberculose.
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