Os corticoides (CT) são medicamentos amplamente utilizados, no entanto, seu uso crônico pode gerar efeitos colaterais sistêmicos como a osteoporose visto que produz alterações no processo fisiológico de remodelação óssea, conduzindo a uma diminuição da massa óssea e consequente aumento do risco de fraturas. Nesse viés, o presente trabalho tem por objetivo descrever os mecanismos pelos quais os glicocorticoides podem causar osteoporose e aumentar o risco de fraturas, além de, referir os aspectos elementares da prevenção e tratamento desse efeito colateral. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo revisão de literatura. A busca foi iniciada pelo PubMed, um motor de busca de livre acesso à base de dados MEDLINE, assim seguida em outras bases como a biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library On-line (SciELO). O Google Acadêmico e uma página oficial no Ministério da Saúde também foram utilizados. Entre os artigos, foram escolhidos os 14 mais pertinentes utilizando os descritores ‘’Corticoides’ ’Fatores de Risco’’; ‘’Osteoporose’ e publicados entre 2006 e 2021 redigidos em língua inglesa e portuguesa. São inúmeros os fatores pelos quais os CT podem resultar em osteoporose, como: diminuição do número e função dos osteoblastos, diminuição dos fatores de crescimento ósseos, hiperparatiroidismo secundário e diminuição dos estrógenos e andrógenos, ou seja, os CT provocam um desequilíbrio no metabolismo de remodelação aumentando a reabsorção e diminuição da formação. É preciso atentar-se quanto a prevenção e tratamento pois a perda óssea é assintomática e o diagnostico costuma acontecer após uma fratura traumática. Assim, é importante usar a menor dose efetiva de CT e com a menor meia-vida, diminuir a hipercalciúria e melhorar a absorção de cálcio, repor os hormônios gonodais e ainda, quando necessário, usar agentes inibidores da reabsorção óssea como calcitonina e bisfosfonatos. O uso crônico de corticosteroides causa o desequilíbrio no metabolismo da remodelação óssea induzindo uma osteoporose severa com fraturas em 30 a 50% dos pacientes. Assim, com o uso desse são indispensáveis em algumas patólogias é imperativo que se inicie a profilaxia ou se institua o tratamento.