INTRODUÇÃO: A Classificação de Chicago é utilizada para interpretar os achados da Manometria de Alta Resolução Esofágica (MEAR). Constantemente é revisada para simplificar o diagnóstico dos distúrbios de motilidade esofágica. OBJETIVO: Abordar as novas alterações da Classificação Chicago 4.0 (CCv4.0) e suas consequências para a interpretação da MEAR. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa retrospectiva, qualitativa, com intuito descritivo de estudos nacionais e internacionais da base de dados PubMed. A fórmula de busca utilizou as palavras-chave: “Acalasia Esofágica”, Espasmo Esofágico Difuso” e “Transtornos de Motilidade Esofágica” em consonância com o operador booleano “OR”, resultando em 1282 artigos nos últimos 5 anos. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 6 foram escolhidos manualmente para compor esta revisão por melhor se relacionarem ao tema. RESULTADOS: Os novos critérios da CCv4.0 foram descritos em 33,4% dos artigos, como aperfeiçoamento da classificação, separando os distúrbios de fluxo de Junção Esofagogástrica (EGJ) dos distúrbios de peristalse, com normas mais rigorosas. A nova versão inclui as posições supina e ereta, avaliação manométrica e não manométrica adicional para diagnóstico da EGJ. Ademais, considera o peristaltismo fragmentado, e define que o espasmo esofágico distal, esôfago hipocontrátil e obstrução do EGJ devem ser acompanhados de sintomas específicos (esofágicos obstrutivos de disfagia e/ou dor torácica não cardíaca). Dos artigos selecionados, 66,8% (n=4) abordaram a Classificação de Chicago como avanço para análise dos resultados da MEAR, retratando os critérios de avaliação e os distúrbios esofágicos. CONCLUSÃO: Sendo assim, a literatura aborda a Classificação de Chicago 4.0 como uma versão aperfeiçoada, mais criteriosa, visando a detecção e tratamento precoce das dismotilidades esofágicas, objetivando a melhor qualidade de vida do paciente.