Introdução: Com o advento da pandemia causada pelo novo coronavírus, medidas terapêuticas foram sendo testadas e aplicadas. Contudo, em primeiro plano, a prescrição de antimicrobianos de forma exacerbada é alvo de questionamento sobre a possibilidade de formação de bactérias farmacorresistentes.
Objetivos: Analisar os fatores que corroboram a Farmacorresistência bacteriana em pacientes acometidos pela covid-19.
Método: O presente resumo constitui uma revisão literária, a qual foi norteada pela seguinte questão: “Relação da Farmacorresistência Bacteriana com Infecções por Coronavírus: uma revisão de literatura.”. A base de dados escolhida foi a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na qual foi realizada a coleta de dados utilizando os descritores: [(Farmacorresistência bacteriana) AND (Infecções por coronavírus)], previamente consultados no DeCS. Após a busca avançada utilizando a filtragem por ano de publicação (2019-2021) e incluindo apenas os textos completos, foram encontrados 17 artigos. Após filtragem de leitura, restaram 8 artigos que formaram a base bibliográfica para o resumo.
Resultados: A partir da análise integrada dos artigos, observou-se que a prescrição primária de antibióticos na admissão de enfermos com COVID-19 é muito alta. Pode-se considerar, portanto, que o uso desses fármacos de amplo espectro configura-se como um fator de risco no aparecimento de bactérias com RAM (resistência antimicrobiana). Além disso, o manuseio inadequado dos dispositivos invasivos e o seu uso prolongado em pacientes graves também se tornam aspectos preponderantes na seleção de bactérias multirresistentes. Alguns autores, por fim, afirmam que há mais razões para se acreditar no aumento dessa farmacorresistência, em contraponto a sua diminuição, enquanto que outros alegam um equilíbrio entre as mesmas.
Conclusão: Nota-se que há diferentes hipóteses quanto à relação entre a pandemia COVID-19 e RAM, envolvendo fatores como o grau de adesão às medidas de biossegurança e o uso de antibioticoterapia de amplo espectro em pacientes infectados por 2019-nCoV. Dessa forma, são necessários mais estudos nesse aspecto
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