INTRODUÇÃO: A tireoidite subaguda (TSA) é uma doença inflamatória autolimitada, causada por infecção prévia de via aérea superior, cursando com tireoide dolorosa, endurecida, febre e mal-estar. Desde o surgimento do vírus COVID-19, alguns casos de TSA são associados à síndrome respiratória aguda do SARS-CoV-2.
OBJETIVO: Comparar os estudos e relatos de casos publicados sobre o desenvolvimento de TSA secundária à infecção pelo COVID-19.
MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 10 artigos científicos publicados nas plataformas BVS, Google Scholar, nos anos de 2020 e 2021. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram: “subacute”, “thyroiditis” e “COVID-19”. Os critérios de inclusão foram estudos no formato de relato de caso, gratuitos e redigidos nos idiomas português e inglês, que abordassem o objetivo da pesquisa. Os critérios de exclusão foram estudos com metodologia diferente de relato de caso e não compatíveis com o objetivo.
RESULTADOS: Estudos recentes apontam a presença de TSA pós infecção pelo Sars-CoV-2 em alguns indivíduos, evidenciando-a como uma possível manifestação extrapulmonar da COVID-19, apesar de rara. A relação entre as duas enfermidades é reforçada pela ampla presença do receptor do vírus (enzima conversora de angiotensina 2) na tireoide. Diferentes relatos de casos de países como Singapura, Índia, Itália, Estados Unidos e Brasil descrevem a clínica de alguns desses pacientes, ressaltando que não apresentavam alterações tireoidianas prévias e que iniciaram os sintomas após testarem positivo para COVID-19. Destacam-se sintomas de dor no pescoço, odinofagia, palpação local dolorosa e palpitações, com exames laboratoriais de TSH, T4 e T3 livre representando tireotoxicose e exames de imagem alterados.
CONCLUSÃO: O papel das infecções virais no desenvolvimento de TSA está estabelecido desde a década de 1940. Da mesma forma, essa disfunção se mostra uma manifestação extrapulmonar importante na infecção pelo Sars-CoV-2, seja durante a fase viral ou pós-viral, que deve ser considerada na sua abordagem clínica.
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