Tromboembolismo Venoso e COVID-19: Uma Revisão de Literatura

  • Autor
  • Maria Fernanda Inocente Messias Pinheiro
  • Co-autores
  • Maria Carolina de Almeida Granjeiro , Marcelo de Araújo Lopes Júnior , Mucio Lopes da Fonseca
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO

    A doença causada pelo COVID-19 é caracterizada por uma inflamação vascular, levando a uma ativação da coagulação. Assim, níveis de D-dímero e tempo de protrombina encontram-se elevados, e levam a um alto risco no desenvolvimento de tromboembolismo venoso (20-42%) e outras coagulopatias.

    OBJETIVO

    Determinar, por meio de uma revisão de literatura, a relação entre tromboembolismo venoso (TEV) e COVID-19 e outras possíveis coagulopatias associadas, bem como avaliar as medidas profiláticas e terapêuticas no manejo desses pacientes.

    MÉTODO

    Realizou-se uma revisão de literatura, por intermédio das bases de dados Pubmed/MEDLINE e SciELO, utilizando os descritores “venous thromboembolism" e “COVID-19” associados com o operador booleano AND, encontrando 180 trabalhos. Como critério de inclusão, foram selecionadas as publicações em inglês e português nos anos de 2020 e 2021, disponibilizadas na íntegra e classificadas como metanálises. Foram excluídos trabalhos classificados como revisão, revisão sistemática, estudo de controle randomizado e ensaios clínicos, eliminando 163 trabalhos. Restaram 17 publicações de meta-análise, as quais foram selecionadas para o presente artigo.

    RESULTADOS

    Fizeram parte do escopo desta revisão 17 artigos, que preencheram os critérios de seleção. Os estudos analisados envolveram uma quantidade variada de pacientes com COVID-19, com idade média variando de 61,5 anos (53-70 anos), sendo 66,8% do sexo masculino. A correlação de TEV e COVID-19 foi de uma média de 24,11%, variando de 13 a 42%. A incidência de embolismo pulmonar com TEV e COVID-19 foi de 17,55%. A prevalência de TEV em pacientes com COVID-19 não internados em UTIs foi de 7%. Pacientes com COVID-19 internados em UTIs com TEV chegam a 31%. O uso de anticoagulantes e agentes antiplaquetários, de maneira profilática ou terapêutica, nesses pacientes internados foi de 31,3%. O desempenho prognóstico do D-dímero para a TEV em pacientes com COVID-19 foi de 77%.

    CONCLUSÃO

    O TEV é uma realidade frequente e preocupante em pacientes com COVID, principalmente aqueles em cuidados intensivos. Além disso, o uso da anticoagulação profilática é benéfico nesses pacientes, bem como o monitoramento da atividade de coagulação pelo D-dímero e tempo de protrombina.

  • Palavras-chave
  • Tromboembolismo venoso, COVID-19
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  • Revisão de literatura
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