INTRODUÇÃO:
A Terapia Comunitária é uma estratégia de inclusão social e apoio à saúde mental da população. Corresponde a um espaço de escuta, reflexão e troca de experiências, através da socialização entre os participantes, na busca de soluções para os conflitos pessoais e familiares apresentados no encontro.
OBJETIVO:
O presente estudo tem por objetivo analisar quantitativamente a execução da terapia comunitária no Brasil, no período de março de 2011 à março de 2021.
MÉTODO:
Estudo epidemiológico do tipo descritivo e quantitativo com base na coleta de dados oriundos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) presentes no DataSUS. Analisou-se o período de março de 2011 a março de 2021. Foram utilizadas as variáveis de quantidade aprovada por ano e região, caráter de atendimento, gestão e profissional.
RESULTADOS:
Conforme o DATASUS, registraram-se 15.024 aprovações de terapia comunitária no Brasil. Analisando a variável ano, obteve-se resultados em 2016 (13.610; 90.6%) e 2017 (1.414; 9.4%), enquanto nas regiões, lidera o Sudeste (10.732; 71.4%), seguida pelo Centro-Oeste (1.878; 12.5%), Sul (1.433; 9.6%), Nordeste (496; 3.3%), e com os menores índices o Norte (485; 3.2%). Quanto ao caráter de atendimento, detectou-se informação inexistente (13.426), caráter eletivo (1.594) e de urgência (4). Pela gestão, evidenciou-se o Pacto de Gestão (14.559), o Município Pleno da Atenção Básica (435) e o Estado Pleno (30). Averiguando a produção por profissional, os maiores números são dos cuidadores em saúde (5.616), psicólogos (3.781) e agentes comunitários de saúde (2.321), somando 78% do total.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que as regiões mais associadas a terapia comunitária foram Sudeste e Centro-Oeste, em 2016 e 2017. O caráter de atendimento em grande parte não foi informado; quanto à gestão foi mais prevalente o Pacto de Gestão, enquanto aos profissionais foram mais associados os cuidadores em saúde.
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