INTRODUÇÃO
As alterações olfatórias, com destaque para a hiposmia, é uma condição bem comum, especialmente na doença de Parkinson (DP) é um dos sintomas mais comum, dentre os sintomas não motores, a correlação entre a hispomia e a existência de DP é notoriamente aplicável, todavia necessita de mais estudos.
OBJETIVO:
Verificar a relevância das alterações olfatórias, especialmente a hispomia, para o diagnóstico precoce da doença de Parkinson.
MÉTODO:
Utilizamos duas bases para essa revisão integrativa: PubMed e a BVS. Subsequentemente, foi utilizado como estratégia de busca, orientada para a pergunta norteadora: os descritores do tema e operadores booleanos (AND e OR), o que resultou no total de 173 artigos, reduzindo-se para 85 após o uso de filtro de idioma (inglês), intervalo de publicação (2014-2021) e pesquisas com humanos. Dando continuidade, foram selecionados 22 artigos com a leitura do título e resumo. Ademais, com a leitura dos artigos completos e avaliação da qualidade metodológica de cada estudo, excluímos 15 artigos. Por fim, foram selecionados 7 artigos os quais tiveram seus dados extraídos.
RESULTADOS:
Após a análise dos dados de todos os artigos, extraímos um total de 2076 pacientes com DP (DPs), 69 saudáveis, 23 pacientes que eram hiposmóticos e uma evolução de hiposmia para diagnóstico de DP. Além disso, foi obtido em um estudo que a hiposmia está presente em 9 a cada 10 indivíduos com DP, de acordo com o resultado de testes olfatórios. Continuamente, outro estudo associou a hiposmia há um risco de 3,84 vezes de desenvolver DP (risco relativo combinado: 3,84, IC de 95% 2,12-6,95), além de concluírem que a hiposmia era o sintoma mais comum nos DPs, correspondendo há 72% dos DPs. Por fim, YANG et al. (2019) evidenciou que DPs hiposmóticos tem um padrão cerebral de resposta anormal aos estímulos odorantes em relação aos DPs normosmóticos, concluindo que há baixa captação de dopamina.
CONCLUSÃO:
Evidenciamos que, a hiposmia, deve ser mais explorada pela comunidade científica, a fim de fixar critérios diagnósticos precisos para a DP, já que verificamos sua estrita relação com a presença da DP. Assim, sugerimos a realização de novos estudos sobre a temática, explorando as limitações atuais.
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