INTRODUÇÃO
A filariose linfática (FL) é uma doença tropical negligenciada cuja característica principal é o edema. O atual tratamento, no Brasil, é a dietilcarbamazina. Diversos estudos publicados defendem outras combinações farmacológicas, assim, a comparação entre as condutas terapêuticas é imperativa.
OBJETIVO
Esse trabalho busca comparar o programa de tratamento em massa planejado pelo Ministério da Saúde do Brasil com as sugestões da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Plano Global de Eliminação da Filariose Linfática, abrangendo a literatura dos últimos seis anos, para a verificação da sua eficácia.
MÉTODO
Foi feita uma revisão de narrativa da literatura nas bases de dados LILACS, PubMED, Scielo, BVS e Medline através dos descritores filariose linfática, tratamento, elephantiasis, elephantiasis treatment e lymphatic filariasis. De um total de 12 artigos, foram selecionados 9, nacionais e internacionais, com base em relevância ao tema proposto, publicados entre 2015 e 2021.
RESULTADOS
O protocolo sugerido pela OMS engloba a terapia com a dietilcarbamazina (DEC), ivermectina (IMT) e albendazol (ABZ). A atual orientação do Ministério da Saúde sugere o uso da Dietilcarbamazina (DEC). Um estudo conduzido em Pernambuco evidenciou que a DEC é eficaz em diminuir significantemente a filaremia de uma população sob administração massiva, porém, acredita-se que esta redução possa ser ainda mais expressiva com combinação da DEC, IMT e ABZ, conforme corroborado por estudos realizados na África. A doxiciclina (DOX) tem sido almejada como uma futura arma contra a FL, devido à sua notável sinergia farmacológica com a ivermectina; fêmeas Onchocerca eram estéreis após o tratamento, interrompendo a transmissão comunitária, podendo fornecer vantagens maiores para o controle da doença.
CONCLUSÃO
Aprimorar o tratamento no controle endêmico da filariose linfática com DEC, IMT e ABZ é notavelmente superior. Outros tratamentos, como a DOX juntamente com a IMT para o combate à transmissão comunitária, com boa atividade microfilaricida.
Palavras-chave:
Filariose linfática. Ivermectina. Albendazol. Dietilcarbamazina.
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