INTRODUÇÃO:
O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição psiquiátrica prevalente e incapacitante. Nesse sentido, têm-se verificado o benefício de tratamentos alternativos, como uso da psicoterapia assistida por MDMA (3,4-methylenedioxymethamphetamine) nos casos refratários.
OBJETIVO:
Avaliar o impacto positivo da psicoterapia assistida por MDMA em pacientes refratários ao tratamento convencional para TEPT.
MÉTODO:
Foram selecionados quatro ensaios clínicos controlados randomizados duplo-cego, extraídos das bases de dados MEDLINE, Scielo e Google Acadêmico, a partir dos descritores “MDMA” e “TEPT”. O número restrito de estudos utilizados deve-se aos critérios de inclusão e exclusão, além da escassez de publicações sobre o tema. Foram incluídos ensaios clínicos controlados randomizados duplo-cego, que abordaram uso de psicoterapia assistida por MDMA em pacientes refratários ao TEPT, publicados em língua inglesa. As pesquisas excluídas obedeciam aos seguintes critérios: tema e estudo incompatível e abordagem de outros tipos de tratamento para essa condição.
RESULTADOS:
Um estudo avaliou o uso de psicoterapia associada a MDMA para tratamento de TEPT refratária, que apresentou eficácia clinica definida pela redução em 30% da linha de base na pontuação de gravidade total da escala CAPS (Clinician Administered PTSD Scale). Além disso, apresentou dados significativamente superior ao placebo, sendo resposta de 83,3% no grupo MDMA, versus 25%. Outra pesquisa evidenciou resultados positivos a partir da diminuição em 15,6 pontos no score CAPS nos indivíduos com alta dose dessa substância. Convergindo com os dados apresentados, foi verificado em outro estudo que após duas sessões experimentais, houve quantidade superior de participantes do grupo MDMA (54,2%) que não preencheram os critérios diagnósticos CAPS de TEPT do que o grupo controle (22,6%).
CONCLUSÃO:
Portanto, a psicoterapia assistida por MDMA aparenta ser uma medida promissora, por aumentar a tolerância e efetividade do tratamento aos casos de TEPT refrataria. Posto isso, é necessário continuidade de pesquisas que fundamentem sua implementação de maneira segura.
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