INTRODUÇÃO:
A inibição farmacológica da enzima pró-proteína convertase subtilisina / kexina tipo 9 (PCSK9) surgiu como uma nova terapia hipolipemiante para o diabetes mellitus, causando uma redução acentuada nos níveis da lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e melhora dos resultados cardiovasculares.
OBJETIVO:
Avaliar o perfil de segurança e tolerabilidade com o uso do PCSK9 nos pacientes com hipercolesterolemia e diabetes mellitus (DM). Além disso, analisar os efeitos da inibição da enzima PCKS9 no metabolismo humano como efeito protetor cardiovascular em comparação ao uso das estatinas.
MÉTODO:
Este trabalho foi desenvolvido nos moldes de uma revisão sistemática de literatura. Primeiro, foram realizadas pesquisas na base de dados U.S National Library of Medicine (PubMed). Os descritores utilizados foram selecionados de acordo com os Descritores em Ciências da saúde (DeCS) e foram: “Diabetes”, “Hipolipemiantes” e “PCSK9”. A pesquisa bibliográfica foi realizada no mês de abril de 2021 e teve como critérios para seleção os artigos completos, publicados no último ano, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. A busca resultou em um total de 11 artigos. A partir da leitura dos artigos, foram excluídas as publicações cujo tema não contemplava o objetivo deste estudo.
RESULTADOS:
Inibidores de PCSK9 reduzem os níveis plasmáticos de LDL-C em aproximadamente 60%, mesmo em pacientes que estejam recebendo dose máxima de estatina. A inibição de PCSK9 reduziu significativamente o risco cardiovascular em pacientes com e sem DM, e os eventos adversos musculoesqueléticos foram menos frequentes com a inibição da PCKS9 em relação ao uso de estatinas. Além disso, os inibidores de PCSK9 não parecem exercer um efeito prejudicial no controle glicêmico ou aumentar a incidência de DM de início recente. O acúmulo de evidências também indica que os inibidores de PCSK9 são uma estratégia terapêutica segura, bem tolerada e eficaz para pacientes com intolerância às estatinas, além de oferecerem regimes de dosagem simples, exigindo apenas administração subcutânea quinzenal ou mensal.
CONCLUSÃO:
Novas tecnologias para inibir o PCSK9 podem revolucionar ainda mais o tratamento da hipercolesterolemia no DM. O benefício clínico dos inibidores de PCSK9 é promissor, porém mais estudos são necessários.
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