INTRODUÇÃO: A dengue é uma arbovirose causada pelo Dengue Vírus, pertencente à família Flaviviridae e transmitida por mosquitos do gênero Aedes aegypti. As condições climáticas tropicais e sociodemográficas do Brasil são consideradas propícias à formação de epidemias do agravo, observadas anualmente no país. OBJETIVO: O presente artigo tem como objetivo analisar a epidemiologia da dengue no período de 2018 a 2020 notificados em todo território brasileiro. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, quantitativo e retrospectivo, cujos dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio da plataforma DATASUS. As variáveis selecionadas foram: sexo, raça, faixa etária, classificação final, hospitalização, evolução e região de notificação, no período de 2018 a 2020 no Brasil. RESULTADOS: No intervalo analisado foram notificados 2.788.522 casos no Brasil, com 103.336 hospitalizações, sendo que a região Sudeste teve o maior número de casos notificados, seguido da região Centro-Oeste. O ano de 2019 destaca com o maior número de notificações da série analisada, registrando aumento de mais de 500% relação ao ano anterior. Esse dado é preocupante e a manutenção do combate à dengue se faz imperativa. Observou-se a predominância da doença na raça parda, representando aproximadamente 36% do total de casos analisados, e maior incidência no sexo feminino. O principal desfecho foi a cura completa, totalizando 76,4% dos casos e a faixa etária mais acometida está entre 20-39 anos. Foram registrados 1.628 óbitos pelo agravo e desses, 79% tiveram classificação final de Dengue Grave. CONCLUSÃO: Conclui-se com o presente artigo que, apesar de sua baixa mortalidade, a dengue segue como um problema crescente de saúde pública e as atividades de controle do agravo devem ser mantidas, pois a doença tem uma taxa de hospitalização significativa, gerando prejuízo econômico e social para o país.
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