INTRODUÇÃO: As mídias sociais passaram a ter um impacto significativo no marketing de médicos e, principalmente, dos cirurgiões plásticos. Isso tem levado ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a estabelecer diretrizes, visto que algumas imagens de publicidade ferem o princípio de privacidade dos pacientes. OBJETIVO: Esse trabalho tem como objetivo discutir o uso indevido das mídias sociais por cirurgiões plásticos e as consequências que tal conduta pode trazer. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada com 16 artigos por meio de pesquisas em bases de dados virtuais, como PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DECS) “Cirurgia Plástica”, “Mídias Sociais”, “Publicidade” e “Acesso à Internet”, entre os anos de 2016 a 2020. RESULTADOS: A melhor ferramenta de marketing para o cirurgião plástico são as mídias sociais. Entretanto, práticas abusivas vêm sendo realizadas por alguns profissionais promovendo sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal. Nesse grupo, se encaixam fotos conhecidas como “antes” e “depois” que fogem da realidade e são vedadas pelo CFM pela Resolução no 2.133/2015 – já que fazem com que o paciente crie uma expectativa que muitas vezes não pode ser alcançada dependendo de cada caso clínico. Além disso, foi possível identificar situações de quebra de confidencialidade e/ou sigilo médico. Ademais, as publicações referentes a cirurgias estéticas podem variar entre cirurgiões plásticos, médicos não qualificados e profissionais não médicos, sendo este último a maior parte de conteúdos inadequados. CONCLUSÃO: É notório, em suma, que uma maior regulamentação das publicações referentes a estética nas redes sociais se faz extremamente necessária, visando uma maior segurança tanto dos pacientes quanto dos cirurgiões plásticos que seguem as normas vigentes.
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