INTRODUÇÃO: Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o coronavírus (COVID- 19) uma pandemia, afetando todos os sistemas de saúde. Diante disso, a cirurgia eletiva se tornou um risco, posto que a doença pode complicar o curso perioperatório. OBJETIVO: O objetivo dessa revisão é identificar os riscos e complicações da cirurgia eletiva na pandemia da COVID-19. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, baseada em dezesseis artigos obtidos na base de dados PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS) “Coronavírus”, “Risco”, “Procedimentos cirúrgicos eletivos”. A busca foi entre os anos de 2020 e 2021, visto que o assunto é recente e não possui publicações em anos interiores. RESULTADOS: Os efeitos do estresse cirúrgico, anestésico, e dos medicamentos perioperatórios no pós-operatório predispõem nova infecção por COVID-19 ou exacerbação da infecção atual que ainda não é conhecida. O desenvolvimento de febre ou complicações pulmonares pode levar a um desafio diagnóstico e pode dificultar a recuperação dos pacientes da cirurgia eletiva. A febre é um sinal de alerta, sendo o principal sintoma da COVID-19 no pós-operatório, estando presente em 91,20% dos infectados. O tempo médio entre a cirurgia e os primeiros sintomas foi de dois dias (variação 1 a 4 dias), e até o diagnóstico de pneumonia foi de três dias (variação de 2 e 4,5 dias). A taxa de mortalidade nos pacientes infectados no período perioperatório foi de 20,6% e a presença de pelo menos uma comorbidade é fator de risco. CONCLUSÃO: É notório a importância de entender o risco de operar pacientes durante a pandemia, ainda que inicialmente assintomáticos. É necessário a disseminação de informações e a adoção de protocolos, uma vez que as chances de complicações e de desfechos desfavoráveis são maiores nesses pacientes
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