Introdução: O vitiligo é uma doença crônica socialmente estigmatizada, o que acarreta implicações psíquicas, com exclusão social e alteração na qualidade de vida de seus portadores. Entretanto, essa patologia está atualmente representada nas passarelas internacionais, a fim de reafirmar a inclusão global. Objetivo: Descrever o vitiligo e a sua relação psicossocial. Métodos: Revisão da literatura a partir de pesquisa nas bases de dados nacionais SCIELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), assim como a base de dados internacional PUBMED. Foram incluídos artigos originais e revisões bibliográficas em português, inglês e espanhol a partir de 2013, utilizando os descritores “Dermatologia”, “Emoções” e “Vitiligo”, combinados com o operador booleano “AND”. Os critérios de exclusão corresponderam aos artigos com resultados redundantes, duplicatas e ausência de dados a serem extraídos. Foram encontrados 15 artigos, em que 6 foram selecionados como referência para este estudo. Resultados: Apesar de serem poucas as limitações físicas no vitiligo, o impacto estético exercido pela doença causa grave prejuízo psicossocial. O diagnóstico da patologia vem acompanhado de sentimentos de raiva, tristeza e medo, que, com o aparecimento dos sinais clínicos, dificultam ainda mais a aceitação. Dessa forma, resulta em baixa autoestima, aversão à própria imagem corporal e afeta as relações interpessoais. Com o objetivo de contribuir para a inserção social desse grupo, no ano de 2019, a empresa Victoria’s Secret contratou a modelo portadora de vitiligo, Winnie Harlow, para ser destaque nas passarelas. Esse evento marcou o início da desconstrução do estigma voltado para a doença, promovendo maior representatividade social e contribuindo para a aceitação dos portadores de vitiligo. Conclusão: O vitiligo acarreta grande implicação psicossocial, em que seus portadores referem sintomas de apreensão e medo ao diagnóstico, interferindo na autoestima e qualidade de vida. Tem-se observado maior representatividade social dessa patologia nas passarelas, o que contribui para aceitação da doença.
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