INTRODUÇÃO:
A infecção pela bactéria H. pylori possui relação negativa com a ocorrência da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). O tratamento com o uso de inibidores da bomba de prótons ocorre em ambas as condições, em contrapartida seu uso contínuo pode ocasionar piora do quadro de infecção.
OBJETIVO:
Avaliar a relação entre a infecção pela bactéria Helicobacter pylori e a ocorrência de refluxo gastroesofágico bem como a influência do tratamento com inibidores de bombas de prótons nessas condições.
MÉTODO:
Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com artigos pesquisados nas bases de dados PubMed (Public Medline) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online, a partir dos descritores em Ciências da Saúde (DECS): “Helicobacter pylori”, “refluxo gastroesofágico”, “inibidores da bomba de prótons” e seus respectivos termos nas línguas inglesa e espanhola. Foram selecionados estudos datados entre 2008 e 2019. Foram excluídos artigos com temática destoante. Após a realização dos processos metodológicos de identificação, triagem e elegibilidade dos estudos, pode-se filtrar as principais informações a respeito da relação entre a bactéria H. pylori, o RGE, e seus respectivos tratamentos.
RESULTADOS:
A infecção pela bactéria Helicobacter pylori é bastante comum por todo o mundo, variando a sua prevalência de acordo com a área geográfica. Estima-se que cerca de 50% da população humana mundial esteja infectada, abrangendo todas as faixas etárias. A relação entre essa infecção e a ocorrência da DRGE é sabidamente negativa, e ambos os tratamentos parecem ter efeitos mútuos. Os inibidores de bombas de prótons são utilizados na terapêutica para ambas as condições, no entanto para combater a H. pylori há a associação com antibióticos. O uso prolongado dos IBP no tratamento da DRGE induz gastrite, e a progressão de metaplasia intestinal para adenocarcinoma gástrico em pacientes com a infecção por H. pylori, especialmente em padrões CagA positivos.
CONCLUSÃO:
Dessa forma, é possível concluir que o uso de inibidores de bombas de prótons apesar de ser utilizado como terapêutica para a infecção pode agravá-la se não associado à antibioticoterapia. Logo, o diagnóstico de pacientes com ambas as condições deve ser preciso e o manejo cuidadoso.
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