INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer (DA), causa mais comum de demência, é descrita como uma desordem cerebral progressiva e irreversível, em que há comprometimento da cognição e memória. Estudos demonstram que os exercícios físicos, além de prevenirem a DA, estão associados ao seu tratamento não farmacológico. OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo descrever como a prática de exercícios físicos influencia na prevenção e no tratamento da DA, tendo em vista a importância deste conhecimento na diminuição da incidência desta comorbidade e na elaboração de planos terapêuticos não convencionais para a mesma. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de estudos na língua inglesa, selecionados na base de dados virtual PubMed (Public Medline), que trouxeram dados relacionados a forma com que a atividade física influencia positivamente na prevenção e no tratamento da doença de Alzheimer. Foram excluídas da pesquisa meta-analises e revisões de literatura, utilizando-se, no total, 5 estudos publicados entre 2016 e 2021. Os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) utilizados foram: “Alzheimer Disease”, “Prevention”, “Exercise” “Memory Interference” e “Therapeutics”. RESULTADOS: Após a análise dos estudos, pôde-se observar alguns dos papéis que a atividade física tem na prevenção da DA. Dentre eles, destacaram-se: liberação de substâncias, incluindo o fator neutrófico derivado do cérebro, que estão relacionadas a melhoria da memória e do aprendizado; aumento da produção do hormônio irinsina, cuja função é proteger o cérebro do declínio cognitivo; aumento do fluxo sanguíneo cerebral; aumento o volume do hipocampo; melhora da neurogênese. Já em relação ao papel do exercício físico no tratamento deste transtorno, notou-se que a prática regular de atividades aeróbias, como caminhada, corrida e natação, está associada a diminuição de sintomas prevalentes na DA, como depressão e ansiedade, pois aumentam a oxigenação cerebral naqueles que já sofrem perda de memória. CONCLUSÃO: Em suma, é possível concluir que a prática regular de atividade física contribui de inúmeras formas no processo de retardo do aparecimento da doença de Alzheimer, além de se caracterizar como uma alternativa não farmacológica de tratamento desse distúrbio.
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