INTRODUÇÃO: A Pseudomonas aeruginosa é um bacilo gram negativo cuja importância clínica decorre dos altos índices de morbimortalidade que causa, principalmente em pacientes hospitalizados. Esses índices têm aumentado com a emergência de microrganismos multirresistentes, que reduzem as opções terapêuticas viáveis. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico acerca da infecção por Pseudomonas aeruginosa multirresistente a antibióticos, abordando o impacto da resistência antimicrobiana no tratamento escolhido. MÉTODO: Para compor esta revisão bibliográfica, foi realizada uma pesquisa na base de dados PUBMED e Scielo. Considerou-se como critério de inclusão publicações entre 2011 e 2021, redigidas no idioma inglês ou português. Com base nesses critérios, foram selecionados 6 artigos. RESULTADOS: Estima-se que, no Brasil, a Pseudomonas aeruginosa seja responsável por mais de 30,3% das infecções em pacientes hospitalizados, com crescente morbimortalidade. A emergência de microrganismos multirresistentes é responsável por esse aumento e pode acontecer por vários mecanismos, que muitas vezes se sobrepõe. Uma das formas de resistência mais relevante no país é a produção de metalo-betalactamases do tipo SPM-1, que torna o uso de carbapenêmicos ineficaz. Os carbapenêmicos possuem grande estabilidade frente à maioria das betalactamases e por esse motivo são considerados o último recurso no tratamento desse patógeno. A resistência a esses antibióticos dificulta a implementação de uma terapêutica efetiva. CONCLUSÃO: O Pseudomonas aeruginosa configura um dos maiores causadores de infecção nosocomial. A emergência da multirresistência nesses patógenos têm dificultado progressivamente a escolha da terapêutica e contribuído para um prognóstico desfavorável.
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