INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar e a esquizofrenia consistem em distúrbios psiquiátricos crônicos que prejudicam diretamente a produtividade, cognição e funcionalidade do paciente. O diagnóstico desses distúrbios é exclusivamente clínico, o que dificulta a detecção precoce e a intervenção médica adequada.
OBJETIVO: Fornecer uma visão atualizada acerca do potencial uso de biomarcadores para complementação do diagnóstico de esquizofrenia e de transtorno bipolar, de forma a torná-lo precoce e assertivo.
MÉTODO: Revisão de literatura de artigos publicados entre 2016 e 2021 nas bases de dados "PubMed", "Google Scholar" e "Scielo", em inglês e português, a partir das palavras-chaves "Esquizofrenia", "Transtorno Bipolar" e "Biomarcadores" obtidas dos Descritores em Ciências de Saúde (DeCS).
RESULTADOS: O padrão-ouro para diagnóstico desses distúrbios são questionários de sintomas, passíveis de extrapolação e subestimação, sendo em muitos casos insuficiente para identificação correta. Nesse sentido, ampliam-se as pesquisas acerca da aplicação de biomarcadores, capazes de expressar a função da célula e o status psicológico do indivíduo. O N-acetil-aspartato é um marcador promissor encontrado em quantidades reduzidas em pacientes com Esquizofrenia e Bipolaridade, estando aumentado também em paciente bipolar em tratamento com lítio, o que elucida os mecanismos terapêuticos. Já o Ácido Gama aminobutírico se apresentou em quantidade variadas dependendo do estágio da doença e da região do sistema nervoso central, contudo, tem evidenciado potencial para discriminação entre os dois distúrbios.
CONCLUSÃO: São necessárias novas pesquisas acerca dos biomarcadores a fim de implementar seu emprego prático e esclarecer diagnósticos diferenciais entre os transtornos de esquizofrenia e bipolaridade, tendo em vista o potencial dessas partículas para o diagnóstico e monitorização da resposta farmacológica.
Palavras-chave:
Esquizofrenia. Transtorno Bipolar. Biomarcadores.
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