INTRODUÇÃO: O contraceptivo oral de emergência, mais conhecido como pílula do dia seguinte, é um medicamento facilmente comercializado no Brasil. Mesmo que seu uso de maneira indiscriminada acarrete prejuízos à saúde da mulher, cada vez mais tem sido utilizado principalmente por jovens e adolescentes no país. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é analisar a prevalência do uso do contraceptivo oral de emergência em adolescentes e jovens brasileiros. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática baseada na literatura disponível nas plataformas de pesquisa PubMed (National Library of Medicine and National Institutes of Health) e Scielo. Os descritores em ciência da saúde utilizados no processo foram: "contracepção de emergência" OR "pílula do dia seguinte" AND adolescente AND Brasil. Foram encontrados seis artigos, sendo excluídas três duplicatas. Os demais foram selecionados para avaliação de texto completo. RESULTADOS: Foram encontrados poucos estudos brasileiros sobre o tema, um realizado em escolas da rede ensino pública e privada de São Paulo com adolescentes de 15-19 anos e outro na rede pública do Estado do Pernambuco com adolescentes de 14-19 anos, nos quais o foco foi o uso da anticoncepção de emergência. Os resultados obtidos foram similares, verificou-se uma taxa de uso de 26,2% e 27,8% e conhecimento sobre o método de 94,1% e 65%, sendo maior na rede privada, uma vez que o segundo artigo possibilitou comparações entre os tipos de escolas. Em ambos os artigos a maioria dos adolescentes referiu como fonte de informação sobre o assunto amigos e conhecidos, majoritariamente por amigos. Observou-se que poucos adolescentes estão corretamente informados e muitos têm ideias equivocadas sobre o método. CONCLUSÃO: Nota-se que, mesmo possivelmente prejudicial à saúde, o uso de contraceptivo de emergência é crescente no Brasil. Os resultados evidenciaram que cerca de um quarto dos jovens já fizeram uso desse método, e que há pouco conhecimento sobre esse método, especialmente em estudantes da rede pública.
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