INTRODUÇÃO: O reumatismo refere-se a um grupo de doenças que afeta as articulações, músculos e esqueleto, sendo caracterizado por dores e restrições de movimento. Nesse âmbito, os inquéritos epidemiológicos de saúde surgem como essenciais para o monitoramento da tendência do perfil de saúde da população. OBJETIVO: Descrever a prevalência do diagnóstico médico artrite/reumatismo na população adulta brasileira (18 anos ou mais) segundo fatores sociodemográficos. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com dados secundários obtidos através da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, no Módulo de Doenças Crônicas. Foi analisado a prevalência do diagnóstico médico da artrite/reumatismo, com seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), de acordo com as variáveis: Sexo, Faixa Etária, Nível de Instrução, Cor/Raça, Distribuição Regional e Capital. RESULTADOS: A prevalência do diagnóstico de artrite/reumatismo em adultos no Brasil foi de 6,4% (IC95% 6,1 – 6,8), sendo maior em pessoas entre idosos com 75 anos ou mais (19,1%; IC95% 16,6 – 21,6) e em mulheres (9,0%; IC95% 8,5 – 9,6). Ademais, as maiores prevalências foram naqueles autodeclarados brancos (7,0%; IC95% 6,5 – 7,5); e em indivíduos sem instrução ou com fundamental incompleto (9,3%; IC95% 8,6 – 9,9). No que se refere à distribuição espacial, a Região Sul concentrou a maior prevalência 7,6%; IC95% 6,7 – 8,6) enquanto a região Sudeste demonstrou menor taxa (5,9%; IC95% 5,3 – 6,5). Nesse contexto, a capital de Porto Alegre caracterizou-se como mais prevalente, dentre as capitais, com 8,6% (IC95% 6,6 – 10,5). CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico expresso na PNS 2013 para o diagnóstico de artrite/reumatismo é caracterizado por uma maior representatividade em idosos, assim como em outras doenças crônicas. Também em mulheres, autodeclarados brancos, em indivíduos com nenhuma ou baixa instrução e na região Sul do Brasil.
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