INTRODUÇÃO
Desde que Huggins demonstrou, em 1972, que a supressão dos níveis de testosterona (T) plasmática cursava com a regressão do câncer de próstata, a literatura médica tem debatido sobre uma possível relação causal entre os níveis de T e o câncer de próstata.
OBJETIVO
Realizar uma revisão da literatura médica recente buscando determinar se a terapia de reposição com testosterona (TRT) em homens hipogonádicos, aumenta o risco de câncer de próstata.
MÉTODO
O estudo propôs-se a realizar uma revisão integrativa da literatura médica recente acerca do tema. Para elaboração da pesquisa, utilizou-se a estratégia PICO (Patient, Intervention, Comparation e Outcome). A busca foi realizada nas bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); National Library of Medicine (PubMed-MEDLINE), Web of Science Scopus e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Critérios de inclusão foram: artigos originais publicados em periódicos revisados por pares, no período de 2016 a 2020, nos idiomas português e inglês. Os artigos foram escolhidos com base nos títulos e resumos sendo excluídos os artigos em duplicata.
RESULTADOS
Vários estudos foram realizados nas últimas décadas na tentativa de determinar se haveria um aumento do risco de CP associado à TRT em homens hipogonádicos. Embora o tratamento com injeções de tespropionato de testosterona tenha sido associado a um aumento de fosfatase ácida sérica (um marcador do CP), os estudos atuais que se utilizam do antígeno prostático específico como marcador do crescimento prostático são divergentes quanto à associação da TRT com o maior risco de desenvolvimento do tumor.
CONCLUSÃO
De acordo com a literatura médica recente não foi possível estabelecer que a TRT em homens hipogonádicos leve a um aumento na incidência de CP. São necessários mais estudos (especialmente com desenho longitudinal) para se avaliar este possível efeito causal.
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