INTRODUÇÃO
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é considerada em todo um mundo um problema de saúde pública, e a nova pandemia do coronavírus tem afetado o tratamento e acompanhamento de pessoas que vivem com HIV.
OBJETIVO:
O presente estudo teve por objetivo analisar as consequências da pandemia da COVID-19 durante o ano de 2020 no seguimento do tratamento do HIV.
MÉTODO:
Trata-se de um estudo descritivo quantitativo Foram utilizados dados de domínio público, cujo levantamento foi feito por meio do aplicativo TABNET, do departamento de informática do SUS e dados do Painel de Monitoramento de Dados de HIV Durante a Pandemia da COVID-19 presente no departamento de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis na página do Ministério da Saúde. Além disso, foram utilizados dados da ONG UNAIDS acerca do tema proposto.
RESULTADOS:
Em 2020, no Brasil, estimava-se que mais de 920 mil pessoas vivem com HIV, dessas, 89% possuem diagnóstico e aproximadamente 760 mil realizam tratamento com antirretroviral. A pandemia do COVID-19 ocasionou o redirecionamento do sistema de saúde para o combate ao novo coronavírus somado a isso o medo de infecção foram fatores que dificultaram o acompanhamento e tratamento dos portadores do HIV. A porcentagem de pacientes que atrasaram mais de 30 dias para pegar o antirretroviral no ano de 2020 foi de 18%, enquanto que no ano de 2019 esse número era de 14%, além disso alguns Estados brasileiros relataram falta da medicação. Ademais os testes de CD4 e Carga Viral também foram afetados durante esse período e por isso foram realizados menos acompanhamentos quando comparados ao período de 2019.
CONCLUSÃO:
Portanto os transtornos ocasionados pela pandemia podem ter como consequência uma demora para alcançar a supressão viral sustentada, aumentando o risco de maior vulnerabilidade do sistema imunológico e complicações nesses pacientes, e ainda colocar em risco pessoas que não são infectadas pelo HIV.
Comissão Organizadora
Comissão CIS
Comissão Científica