INTRODUÇÃO: A introdução e a composição nutricional na infância estão diretamente associadas às condições de saúde ao longo da vida. Entretanto, o que ocorre é a inserção inadequada de alimentos que levam a obesidade, a qual é uma doença crônica não transmissível que está relacionada com diversas comorbidades. OBJETIVO: Identificar a relação entre a introdução alimentar inadequada e a obesidade infantil. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, embasada em 10 artigos. Para a estratégia de busca foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Alimentos industrializados”, “Obesidade Pediátrica” e “Suplementação Alimentar”, os quais foram combinados aplicando-se os operadores booleanos “and” e “or”. Para a busca foram incluídos neste estudo artigos publicados entre os anos de 2017 a 2020 que abordaram o tema, excluindo aqueles que não apresentaram resultados satisfatórios. Ademais, a procura dos artigos ocorreu nas bases de dados online: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline) e Google Acadêmico. RESULTADOS: A nutrição e os aspectos comportamentais maternos são algumas das causas que corroboram para o desenvolvimento fetal inadequado e podem resultar em distúrbios, como doença arterial coronariana, síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2. Além disso, verificou-se que durante a gestação, a programação prejudicada do feto traz como desfecho um risco maior para obesidade. Ademais, outro fator associado a obesidade, é a ingestão de alimentos ultraprocessados antes dos dois primeiros anos de vida, que afeta a saúde da criança devido à alta quantidade de sódio, óleo e açúcar, diminuindo, portanto, o consumo dos alimentos naturais. Essa prática ainda está associada à deficiência nutricional e à carência, influenciando negativamente no desenvolvimento e crescimento infantil. CONCLUSÃO: Sendo assim, faz-se necessário a implementação de políticas de saúde públicas que incitem uma introdução alimentar complementar adequada, a fim de reduzir a obesidade infantil e, consequentemente, as doenças crônicas, melhorando, assim, a qualidade de vida.