INTRODUÇÃO: Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) agem inibindo a ação das enzimas H+/K+ - ATPase. Eles fazem parte da terapia de doenças relacionadas a acidez e para prevenção e tratamento de úlceras gástricas. No entanto, o uso crônico pode trazer preocupações, pois inibem irreversivelmente essa enzima. OBJETIVO: Identificar o uso indiscriminado dos inibidos de bomba de prótons pela população e constatar os possíveis riscos que eles podem causar na saúde pelo seu uso crônico e sem orientação medica. MÉTODO: Realizou-se um estudo de revisão narrativa da literatura científica, através de artigos publicados na base de dados SciELO, LILACS e Pubmed, na qual foram correlacionados o uso indiscriminado dos inibidores de bomba de prótons e os riscos decorrente do seu uso crônico. RESULTADOS: O omeprazol é medicamento que constitui a classe dos IBPs mais popular, estando presente em 80% das prescrições medicamentosas em todo o mundo. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os IBPs são medicamentos aceitos, apresentando poucos efeitos adversos, baixo custo e, quando prescrito de forma correta, apresenta relação risco-benefício positiva devido ao seu poder de alivio dos sintomas. No entanto, o seu uso inadequado representa um potencial risco à saúde pública. Há indícios que o uso prolongado e indiscriminado pode ocasionar quadros mais sérios, como infecções bacterianas, doenças renais, câncer gástrico, fraturas ósseas, má absorção da vitamina B12 e outros nutrientes essenciais e até mesmo o declínio cognitivo em idosos. CONCLUSÃO: Os IBPs se configuram como uma classe de fármacos vastamente utilizada pela população e muitas vezes usado sem orientação. Dessa forma, torna-se visível os riscos associados ao uso indiscriminado e prolongado e a necessidade de uma maior atenção para a realização de pesquisas e orientação médica.
Comissão Organizadora
Comissão CIS
Comissão Científica