INTRODUÇÃO: A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crônica e progressiva que afeta o SNC. Decorrente da associação de fatores genéticos e ambientais, essa patologia provoca a resposta autoimune, cujo alvos são regiões do neuro-eixo e mielina, configurando-se como uma doença neurodegenerativa. OBJETIVO: Revisar a fisiopatologia da Esclerose Múltipla, bem como suas manifestações sistêmicas e os danos neurológicos ocasionados por essa patologia. MÉTODO: A pesquisa bibliográfica foi realizada após a identificação dos descritores pela plataforma Decs, sendo eles: Esclerose Múltipla, Degeneração Neural, Neuropatologia e Neurologia. Por esses descritores e utilizando-se os operadores Booleanos “AND” e “OR”, na Plataforma Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com filtros de trabalho científico dos últimos cinco anos e na língua portuguesa, obteve-se oitenta e sete resultados. Destes, foram selecionados sete a partir do Abstract e os demais foram excluídos pois estavam fora da temática de escopo. Dos sete selecionados foi realizada a leitura completa e destes, três foram incluídos para confecção da revisão literária. RESULTADOS: A Esclerose múltipla é uma patologia que afeta o SNC e ocasiona a destruição da mielina, cuja função é transmitir o impulso nervoso. Esse fenômeno, segundo estudos, é decorrente de reações autoimunes e causa efeitos neurodegenerativos e sistêmicos. O diagnóstico da Esclerose múltipla é clínico com avaliação sintomática, que inclui: fraqueza, desequilíbrio, parestesia dos membros, diminuição da acuidade visual e comprometimento esfincteriano, pois não há exame laboratorial que comprove a doença no seu curso inicial. Durante o percurso patológico, há momentos de exacerbação e remissão, com episódios agudos de comprometimento neurológico. Embora seja uma patologia com tratamentos multidisciplinares, ainda não há cura para essa doença e sim uma tentativa de alterar a evolução patológica. CONCLUSÃO: A Esclerose múltipla possui um percurso patológico complexo, com perdas funcionais a longo prazo. A fim de minimizar a evolução/efeitos, utiliza-se de imunossupressores e atuação de diversas áreas da saúde, como fonoaudiólogos, fisioterapia e terapia, visando melhor qualidade de vida do paciente.
Comissão Organizadora
Comissão CIS
Comissão Científica