INTRODUÇÃO: A Síndrome de Leriche ou doença oclusiva aortoilíaca afeta a aorta abdominal, as artérias ilíacas comuns ou ambas. Descreve-se pela tríade claudicação, impotência e pulsos femorais diminuídos, e tem fatores de risco como tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade e diabetes. OBJETIVO: Identificar a partir de uma revisão de literatura os fatores de risco e a gravidade dos subdiagnósticos da Síndrome de Leriche. MÉTODO: Procurou-se nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) os termos “claudicação”, “aterosclerose”, “oclusão” e “Leriche”. Após serem encontrados, foram realizadas pesquisas de revisão integrativa com base nos trabalhos científicos indexados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) utilizando a busca avançada com as palavras “síndrome” AND “Leriche”, visualizando 4.090 resultados. Foram empregados os filtros texto completo, assunto principal Síndrome de Leriche, idioma inglês e português, e intervalo de ano de publicação 2010-2020, restando 56 resultados. Nesses, aplicou-se critério de exclusão por fuga do tema de interesse finalizando em 12 artigos que foram submetidos à leitura minuciosa. RESULTADOS: Divergindo com sua classificação de doença rara, a Síndrome de Leriche está exposta a fatores de risco comuns de vasculopatias oclusivas que afetam progressivamente os vasos. Por não possuir incidência e prevalência esclarecidas e ser intimamente relacionada à idade avançada, apresentando-se como uma forma de doença arterial periférica, a qual tem predomínio de 10 a 25% na população acima de 55 anos, aumenta com a idade e tem cerca de 70 a 80% dos pacientes assintomáticos pelo desenvolvimento de redes vasculares colaterais, a doença pode ser subdiagnóstica pela clínica semelhante a outras mais triviais que acometem idosos. Além disso, pode levar décadas para se desenvolver, não sendo reconhecida e gerando potencial de morbidade e mortalidade significativas. CONCLUSÃO: Ainda que haja opções para o diagnóstico e condutas envolvendo mudanças no estilo de vida aliadas ao tratamento conservador ou cirúrgico, há subdiagnósticos que tendem a progredir com comprometimento da qualidade de vida e aumento da morbimortalidade devido à cronicidade e sedentarismo dos idosos.