INTRODUÇÃO:
A gastrosquise é uma malformação da parede abdominal geralmente associada à evisceração do intestino e, às vezes, de outros órgãos abdominais. É a patologia mais comum de parede abdominal fetal.
OBJETIVO:
Avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre o prognóstico perinatal dos fetos portadores de gastrosquise.
MÉTODO:
Esse estudo foi realizado através da busca online de produções científicas internacionais utilizando a base de dados PUBMED. Foram definidos como critérios para a seleção da amostra: artigos em inglês, no período de 2016 a 2021 utilizando os descritores “gastroschisis”, "fetus" e “prognosis”. A busca eletrônica resultou em 22 artigos, destes, 12 artigos se adequaram ao tema.
RESULTADOS:
Raramente pacientes com gastrosquise apresentam outras anomalias associadas. Seguem com bom prognóstico, desde que associado a fatores de vigilância pré-natal, como avaliação do crescimento fetal e volume do líquido amniótico; além da observação de sinais de atresia e dilatação intestinal, que associam-se a um pior prognóstico, e predispõem à complicação rara “vanishing gut syndrome”, com opções de tratamento limitadas e complexas.
Na gastrosquise complicada há maior chance de desenvolvimento de sepse, insuficiência respiratória, síndrome do intestino curto e enterocolite necrosante, com taxas de sobrevida baixas. Apresentação tardia e idade gestacional precoce no parto também associadas a um mau prognóstico. Nessa patologia há maior predisposição a parto prematuro e suas consequências.
CONCLUSÃO:
Portanto, apesar do bom prognóstico, é de grande importância que o acompanhamento pré-natal seja minucioso. Desse modo, podendo identificar patologias ou malformações gastrointestinais que podem levar a um quadro mais grave.
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