INTRODUÇÃO:
Dentre as complicações ocasionadas pelo coronavírus, as coagulopatias se tornam um no contexto gestacional, podendo ser confundidas com os aumentos induzidos pela gestação nos fatores de coagulação. Desse modo, a infecção se associa a um alto risco de complicações trombóticas maternas.
OBJETIVO:
Esse estudo tem como objetivo avaliar as evidências disponíveis na literatura no que se refere às complicações tromboembólicas geradas tanto na gravidez, quanto no puerpério de pacientes portadoras de Covid-19.
MÉTODO:
Esta revisão foi realizada por meio de uma busca online das produções científicas nacionais e internacionais utilizando a base de dados PUBMED. Definidos como critérios de seleção: publicações realizadas nos anos de 2020-2021 que se adequassem à temática e aos descritores “covid-19”, “pregnancy”, “coagulopathy”. A busca eletrônica inicial resultou em 30 artigos, destes, 10 artigos preencheram os critérios de inclusão. Dos quais, 3 estudos observacionais coorte, 2 estudos observacionais caso-controle, 4 relatos de caso, 1 metanálise.
RESULTADOS:
O diagnóstico de um estado de hipercoagulabilidade provenientes da fisiopatologia do COVID-19 no organismo de gestantes ainda é um desafio, visto que as anormalidades laboratoriais encontradas podem ser confundidas pelas alterações de coagulação induzidas pelo mecanismo fisiológico do estado pró-trombótico da gestação, como, por exemplo, a elevação de D-dímero e diminuição do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) e protrombina. Devido a essas alterações, estudos recomendaram verificar hemograma completo, D-dímero, tela de coagulação, fibrinogênio, produto da degradação de fibrina e graduar esses parâmetros para calcular a pontuação de CIVD relacionada a gravidez. Tais parâmetros são úteis em caso de a paciente precisar de parto e orientam o suporte de hemoderivados.
CONCLUSÃO:
Tem-se relatado benefício com a profilaxia de tromboembólica entre pacientes grávidas e em pós-parto com COVID-19 de alto risco. Porém, são necessários mais estudos a fim de avaliar o manejo dessa profilaxia e explicitar quais são os benefícios e malefícios materno-fetais.
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