INTRODUÇÃO: A Síndrome de Takotsubo é uma cardiomiopatia precipitada pelo estresse emocional. Acredita-se existir associação entre a síndrome e a infecção pelo coronavírus, pois estudos primários e relatos de caso evidenciaram aumento na incidência dessa cardiopatia em pacientes durante a era do COVID-19. OBJETIVO: Avaliar a relação entre o aumento do número de casos da Síndrome de Takotsubo (ST) e a pandemia do vírus Sars-CoV-2, dado que as complicações cardiovasculares em pacientes com COVID-19 requerem atenção especial. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre a elevação de cardiopatias por estresse durante a pandemia do COVID-19. Para a sua execução, realizou-se buscas nas bases de dados Scielo e PubMed, utilizando os seguintes descritores: “takotsubo syndrome” and “COVID-19”, bem como consultas em evidências científicas disponibilizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Foram selecionados 11 artigos para a realização desta revisão. Os critérios inclusivos foram: artigos em inglês ou português, com texto completo disponível, publicados no período de 2020 a 2021, e que abrangessem a temática pretendida. Os critérios de exclusão foram: artigos incompletos e não pertencentes ao tema. REVISÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o coronavírus tem forte impacto na saúde mental dos indivíduos. Diante disso, desordens associadas ao estresse, como a Síndrome de Takotsubo, apresentaram aumento em sua incidência. Os pacientes têm manifestações que simulam síndrome coronariana aguda (SCA), como dor torácica, dispneia e hipotensão. Um estudo de coorte realizado na Cleveland Clinic analisou 1.914 pacientes diagnosticados com SCA e evidenciou que 7,75% destes tiveram diagnóstico de ST durante a pandemia, mostrando uma elevação em torno de 6% quando comparado a tempos não pandêmicos. Apesar do desconhecimento do mecanismo, viu-se que a tempestade de citocinas da COVID-19 é seguida por aumento das catecolaminas, o que pode levar a danos no miocárdio e desencadear a ST. CONCLUSÃO: Desta forma, é importante destacar que lesões miocárdicas estão associadas a um pior prognóstico na COVID-19, e que os tempos de pandemia foram facilitadores para o desenvolvimento da ST em indivíduos predispostos, visto que gerou grande estresse emocional.