INTRODUÇÃO: A ausência de tratamento para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS -CoV 2) divide a sociedade científica quanto a adesão ao uso de hidroxicloroquina (HCQ) em paciente com COVID-19. Estudos in vitro mostram-se positivos quanto sua redução viral, porém in vivo seus resultados são controversos. OBJETIVO: Identificar as evidências científicas existentes, por meio de estudos in vitro e in vivo, sobre a efetividade do uso de hidroxicloroquina como forma de impedir a replicação do SARS-CoV-2 e como forma de tratamento da afecção e de seus efeitos colaterais. MÉTODO: Foi elaborada uma busca sistemática de estudos científicos que visam a utilização da HCQ como possível tratamento da SARS – CoV 2. Foi-se utilizando a base de dados, PubMed e sites externos como a Nature Research, onde aplicou-se os seguintes descritores: “SARS – CoV 2”, “COVID-19”, utilizando o operador booleano “OR”, em associação a “hidroxicloroquina”, “estudo in vitro”, “estudo in vivo”, bem como seus respectivos termos em língua inglesa combinados entre si pelo operador booleano “AND”. Foram considerados 12 artigos na íntegra, em português e em inglês, e excluídos aqueles que tratavam de revisões bibliográficas. RESULTADOS: Por se tratar de uma classe de 4-aminoquinolinas menos tóxica, a hidroxicloroquina, vem sendo observada em diversos estudos como um potencial antiviral. Desta forma, poderia ter efeitos benéficos no tratamento da SARS-CoV-2, o que se confirma em diversos estudos in vitro sistematizado pelo presente trabalho. Porém, estudos in vivo não são concordantes quanto aos benefícios da HCQ contra o SARS-CoV-2 em humanos. Dentre os oito ensaios clínicos observados, seis são não-randomizados, com baixa adesão de participantes, sugerindo a necessidade de estudos metodológicos mais rigorosos e com números mais significativos de participantes. O mesmo ocorre com os outros dois estudos randomizados nos quais os resultados são inconclusivos, necessitando de uma maior amostragem. CONCLUSÃO: A literatura científica é escassa e divergente quanto à efetividade de HCQ no que diz respeito ao tratamento do COVID-19, ainda assim, houve a rápida disseminação e instalação desse medicamento, conferindo alto risco a população. Desta forma, se faz necessário o desenvolvimento de maiores estudos.
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