Introdução
Os cuidados paliativos visam a melhora na qualidade de vida de pacientes e familiares diante de quadros que ameaçam a vida. No Brasil, apesar da crescente necessidade dessa abordagem, os princípios dela são abordados de forma insuficiente, necessitando mais investimentos e preparo dos profissionais.
Objetivo
Analisar o progresso da aplicação dos cuidados paliativos na atual realidade brasileira, levando em consideração o histórico de sua implantação.
Método
Revisão bibliográfica de 10 artigos, dentro de 3280 resultados encontrados pelas bases de dados da SciELO, do Portal de Periódicos da CAPES, da PubMed, do Lilacs e da ScienceDirect. Os descritores utilizados foram “cuidados paliativos” ou “palliative care”, Brasil ou Brazil. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos dez anos, em inglês ou português, realizados no campo da área da saúde e que analisassem o perfil histórico dos Cuidados Paliativos no Brasil; os critérios de exclusão foram artigos que não contemplassem os objetivos delineados.
Resultados
Os cuidados paliativos, no Brasil, tiveram início na década de 80 e se concentravam nas regiões sul e sudeste, o que permanece assim até os dias atuais. O número de serviços de cuidados paliativos aumentou de 43, em 1997, para 177, em 2018, de forma que somente 5% dos hospitais dispõem desse serviço. No Brasil, o paliativismo não é uma especialidade, mas uma área de atuação, tem caráter predominantemente ambulatorial e está classificado no nível 3B, de acordo com o Global Atlas of Palliative Care at the End of Life. No momento atual, há maior entendimento sobre os benefícios do tratamento paliativo e aumento da demanda por ele, contudo, o número de serviços que oferecem cuidados paliativos ainda é ínfimo. Apesar do avanço do paliativismo diversos obstáculos dificultam sua ampliação.
Conclusão
Apesar do crescimento dos cuidados paliativos no Brasil, sua implementação ainda não chegou ao parâmetro ideal, seja pela quantidade insuficiente de serviços, de acordo com a demanda, seja pela falta de conhecimento dos profissionais quanto ao momento correto de encaminhamento para essa abordagem.
Comissão Organizadora
Comissão CIS
Comissão Científica