INTRODUÇÃO: A população mundial com diabetes mellitus, principalmente o tipo 2, é de cerca de 382 milhões de pessoas e deverá atingir 471 milhões até 2035. Logo, dada a alta prevalência e suas consequências, é preciso encontrar meios para controlar o DM2, e exercícios de alta intensidade são uma possível opção. OBJETIVO: Avaliar o impacto dos exercícios físicos de alta intensidade no controle da glicemia de diabéticos tipo 2. MÉTODO: Trata-se de estudo bibliográfico acerca do tema “Impacto dos exercícios físicos de alta intensidade no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2”, elaborado a partir da análise de estudos publicados na base de dados National Library of Medicine National Institutes of Health dos EUA (PUBMED), com o uso do booleano “AND” e dos descritores: “Type 2 Diabetes”, “High-intensity interval training” e “Glucose”. Os critérios de inclusão foram: artigos de acesso livre, originais, publicados nos idiomas português e inglês, entre 2016 e 2021, totalizando N=13. Após leitura das publicações elegíveis, houve exclusão daquelas que não atendiam o objetivo proposto, restando 7 artigos habilitados. RESULTADOS: Após análise dos estudos, percebeu-se que maioria demonstrou eficácia no controle da glicemia a partir da realização de exercícios físicos de alta intensidade. A esse respeito, o tempo para a redução da hiperglicemia mostrou-se variável, uma vez que algumas modalidades de alta intensidade possibilitaram controlar a glicemia em 24h, enquanto em outras só foi possível com semanas de prática. Nesse sentido, após o exercício, houve redução da hemoglobina glicada (HbA1c), assim como da taxa de glicose sanguínea. Em relação à sensibilidade à insulina; constatou-se que o exercício físico melhora a função das células beta, reduz a gordura pancreática, circunferência abdominal, porcentagem de gordura, gordura subcutânea e visceral, o que também influencia na melhora dos índices glicêmicos. CONCLUSÃO: Observou-se, portanto, a relação dos exercícios físicos de alta intensidade na diminuição dos níveis glicêmicos de diabéticos tipo 2, sendo que a maioria dos estudos evidenciou melhoras no índice glicêmico e na sensibilidade à insulina, que ocorrem a curto ou longo prazo, a depender do treinamento.