INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 tem acometido milhões de pessoas de todas as idades, mas o conhecimento ainda é escasso sobre os efeitos clínicos em pacientes pediátricos. Assim, para melhor compreensão da doença, é essencial saber quais são seus principais fatores complicadores em crianças até o momento. OBJETIVO: Avaliar a associação de comorbidades em pacientes pediátricos internados com COVID?19 e seus desfechos clínicos. MÉTODO: O trabalho consiste em um estudo bibliográfico qualitativo. Foram escolhidos 14 artigos científicos publicados nos anos de 2020 e 2021 encontrados nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Portal de periódicos Capes, Revista Científica da Faculdade de Medicina de Campos (RCFMC), Journal of Epidemiology and Infection Control e Revista Psicologia e Saúde em Debate com o uso do booleano “and” e dos seguintes descritores em saúde: COVID-19, SARS-CoV-2, Criança (Child) e Obesidade (Obesity). Foram incluídos artigos originais publicados em inglês e português na íntegra e excluídos artigos que não correspondiam ao período descrito ou ao objetivo proposto. RESULTADOS: Grande parte das crianças foram assintomáticas ou oligossintomáticas. Não obstante, entre as sintomáticas, os sintomas mais prevalentes foram tosse e febre. Sendo que, entre 2019 e 2021, houve aumento de manifestações atípicas. Dentre as crianças internadas com COVID-19, cerca de 34% apresentavam alguma comorbidade e, dessas, 35% foram internadas em UTI. A comorbidade mais prevalente foi a asma brônquica. Ainda, obesidade, fibrose cística e Síndrome Congênita do Zika se associaram a maior risco de complicações. Ademais, atraso no atendimento de pacientes oncológicos ocorreu em 66,6% dos casos, e desses, 16,6% evoluíram para óbito. Por fim, o tratamento precoce evitou complicações em crianças com COVID-19 que evoluíram para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. CONCLUSÃO: Observou-se, portanto, que a maioria dos pacientes pediátricos com COVID-19 apresentaram sintomas leves ou são assintomáticos. Porém, a presença de comorbidades é um potencial fator complicador, sendo que o diagnóstico e o tratamento precoce se associaram ao melhor prognóstico.
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