INTRODUÇÃO:
Ototoxicidade é o dano ao aparelho coclear ou vestibular, podendo ser efeito colateral de medicamento, como a cloroquina. Essa tem sido usada indiscriminadamente frente a pandemia de COVID-19, por meio da automedicação e de seu uso profissional, apesar da ausência de estudos que provam sua eficácia.
OBJETIVO:
Essa revisão bibliográfica tem como objetivo evidenciar a ototoxicidade causada pelo uso da cloroquina e seus aspectos.
MÉTODO:
Revisão de literatura fundamentada nas bases de dados SciELO e PubMed, com os descritores ‘’Ototoxicidade’’ e ‘’Cloroquina’’. Foram selecionados três artigos publicados de 2004 a 2020, na língua inglesa e portuguesa
RESULTADOS:
A ototoxicidade por drogas pode ser definida como um distúrbio da função auditiva induzido por substâncias terapêuticas. Os principais sintomas são zumbido, vertigem e perda auditiva neurossensorial, que geralmente é irreversível, embora haja exceções relatadas. Muitos relatos descrevem perda auditiva neurossensorial após terapia prolongada com cloroquina. A disacusia provocada por essas drogas pode ser reversível ou irreversível, em função do tempo de administração. Apesar de não haver evidências concretas sobre a incidência de ototoxicidade com o uso de cloroquina em curto prazo, devemos considerar que, como doença pandêmica, milhões de pacientes com COVID-19 podem receber esse tratamento e a margem entre a dose terapêutica e a tóxica é estreita
CONCLUSÃO:
Ficou evidente que o uso indiscriminado da cloroquina no tratamento da COVID-19 pode gerar ototoxicidade, desencadeando assim consequências irreversíveis ao paciente. Portanto, os profissionais da saúde devem ter cautela ao prescrever essa medicação.
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