INTRODUÇÃO: Os sintomas depressivos são de alta prevalência na população idosa. E, embora possua etiologia multifatorial, a autopercepção de qualidade de vida estreitamente ligada à funcionalidade, autonomia e independência do idos é fator predisponente para depressão. OBJETIVO: Avaliar a associação do declínio funcional senil ao risco de desenvolvimento de sintomatologia depressiva na terceira idade. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura indexada no período de 2016 à 2020 nas bases de dados do Pubmed e Scielo. Foram incluídos 6 artigos publicados em língua inglesa e portuguesa, que contivessem os descritores: "Depressão”, “Idosos" e “Funcionalidade". RESULTADOS: Foi observado que, a funcionalidade global, definida como a capacidade de gerir a própria vida, é um importante marcador do envelhecimento e da qualidade de vida nos idosos. O declínio operacional desencadeia nos idosos um sentimento de imperícia e dependência, favorecendo um desequilíbrio nas emoções, bem-estar e imagem social. Tais fatores influenciam em uma percepção negativa de sua saúde, podendo desencadear a sintomatologia depressiva e prejudicar as habilidades cotidianas. Além disso, foi possível perceber uma relação viciosa entre o declínio funcional e a presença de outras patologias, onde a associação dessas com a baixa atividade operacional agrava o quadro de incapacidade e a limitação funcional piora os problemas coexistentes. CONCLUSÃO: Diante do exposto, nota-se que a perda da autonomia e limitações da vida cotidiana leva a um comprometimento físico, social e funcional do indivíduo, levando a uma autopercepção ruim de saúde gerando aparecimento dos sintomas depressivo e agravo de outras patologias.
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