INTRODUÇÃO:
O estado de Goiás ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de número de casos de tentativa de autoextermínio por intoxicação exógena. Sabemos, no entanto, que os casos de suicídios podem ser evitados se houverem intervenções com base em evidências em tempo oportuno.
OBJETIVO:
Analisar o perfil epidemiológico das tentativas de autoextermínio por intoxicações exógenas em Goiás no período de 2015 a 2020.
MÉTODO:
Estudo descritivo, retrospectivo, realizado com dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) abrangendo as tentativas de autoextermínio por intoxicação exógena em Goiás no período entre 2015 a 2020. Utilizaram-se, como critérios de inclusão, todas as notificações ou suspeitas, realizadas nesse período e como exclusão tivemos notificações incompletas ou indeterminadas.
RESULTADOS:
No período em análise foram notificados 8.988 casos de tentativa de autoextermínio por intoxicação exógena em Goiás com aumento anual de cerca de 2% ao ano. Em relação ao sexo, a prevalência de casos é do sexo feminino (73,3%) comparado aos do sexo masculino (26,7%). A faixa etária predominante é entre 20-39 anos (51,5%), seguida por 15-19 anos (20,5%) e 40-5 anos (18,1%). Em relação à raça/cor, há um acometimento maior nos pardos declarados (57,7%), seguido por brancos (25,7%), pretos (5%) e amarelos (1,6%). Os agentes tóxicos mais utilizados foram os medicamentos (67,8%), seguidos por raticida (11,4%), agrotóxico agrícola (3,9%) e produtos de uso domiciliar (2,8%).
CONCLUSÃO:
Com as informações analisadas, podemos traçar um planejamento de políticas públicas direcionadas, tendo como foco a prevenção, com uma abordagem multisetorial abrangente. utilizando de estratégias de prevenção que englobem a comunidade, visando diminuir a incidência deste problema.
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