Introdução: A pré-eclâmpsia é uma doença hipertensiva específica da gravidez, cuja fisiopatologia relaciona-se à perfusão inadequada do trofoblasto por problemas de adaptação imunológica materna, causando hipóxia placentária, com liberação de toxinas inflamatórias. Na COVID-19, assim como na pré-eclâmpsia, os níveis de interleucinas inflamatórias, fatores de necrose tumoral e interferon-gama também estão elevados, sendo capaz de agravar ou simular a doença. Objetivo: Relacionar os impactos da COVID-19 associados à pré-eclâmpsia, ao indicar sua fisiopatologia e desfechos adversos. Metodologia: Revisão de literatura por meio de artigos das bases de dados Scielo, PubMed, Google Scholar a partir dos descritores: pré-eclampsia; pregnancy; COVID-19; Sars-CoV-2, selecionados através da plataforma DeCS. Como filtro de busca, artigos dos anos de 2017 e 2021 que possuíam informações relevantes foram escolhidos. Resultados: Com base na bibliografia, a manifestação grave pela infecção do SARS-Cov-2 pode levar a alterações que ocasionam ou simulam quadros de pré-eclâmpsia. Contudo, mesmo associado a pré-eclâmpsia, tais estudos mostram variações significantes no método diagnóstico. Dessa forma, é necessário acompanhamento constante por profissionais quanto à suspeita diagnóstica em grávidas, considerando que a síndrome que simula a pré-eclâmpsia, entretanto não responde bem ao tratamento da pré-eclâmpsia verdadeira. Conclusão: Percebe-se que o vírus SARS-CoV-2 ocasiona status pró-inflamatório, com envolvimento de citocinas inflamatórias, ao provocar possíveis danos endoteliais e, assim, o vírus simula a pré-eclâmpsia. Há necessidade de investigar a relação entre COVID-19 e pré-eclâmpsia de forma aprofundada, visto que a COVID-19 configura manifestação sindrômica recente. Tal compreensão é fundamental para promover protocolos adequados.
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