Atendimento a paciente com diagnóstico de depressão maior: um relato de experiência

  • Autor
  • Bárbara Rodrigues Batista
  • Co-autores
  • Beatriz Oliveira Faria , Maria Eduarda Paula Ambrósio dos Santos , Lidiane Maria Garcia Silveira , Letícia Inoguchi Costa , Layara Maria Garcia
  • Resumo
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    Atendimento a paciente com diagnóstico de depressão maior: um relato de experiência

     

    Introdução: O século XXI está sendo marcado por diversas modificações no estilo de vida da sociedade e no modelo de produção. Tais modificações revelaram uma transição epidemiológica, em que as doenças prevalentes anteriormente foram substituídas. Entre essas, percebe-se uma redução na desnutrição infantil, mas um aumento da obesidade, assim como uma elevação na expectativa de vida associada a uma prevalência de doenças crônicas. Merece enfoque, também a ascensão dos casos de depressão maior atualmente. Historicamente, é evidente o aumento de casos de distúrbios psiquiátricos em situações complicadas. Espelho disso é a crise de 1929, marcada por uma elevação maçante no número de suicídios. Portanto, não é possível desconsiderar a influência de fatores políticos, sociais e econômicos frente à alteração citada. Esses fatores são causadores da depressão, assim como, os fatores genéticos e neurobiológicos. Métodos: O presente estudo retrata o atendimento de uma paciente com depressão maior, realizado por estudantes de Medicina em uma UBS. Para dar suporte ao trabalho foram pesquisados materiais na plataforma Scielo. Resultados: O paciente depressivo apresenta em seus aspectos clínicos aparência abatida, contato visual pobre e atividade psicomotora diminuída ou aumentada. Demonstra fala lenta e monótona, a chamada latência verbal. Além disso, pode descrever um humor baixo, sendo a expressão afetiva variada de branda e restrita a ansiosa e agitada. É comum o prejuízo cognitivo, como o déficit de memória. Outras características presentes são as anormalidades de apetite, sono e comportamento sexual. Estudos a respeito do componente genético da fisiopatologia da depressão revelam que um parentesco de primeiro grau com depressão aumenta o risco de desenvolver essa doença em três vezes. Dentro da neurobiologia, o enforque da fisiopatologia se tornou a interação entre neurotransmissores, surgindo a hipótese permissiva da serotonina, que postulava um efeito modulador do sistema serotoninérgico sobre a norepinefrina e a dopamina. De acordo com o sistema de classificação DSM-V, a paciente apresentava um transtorno depressivo maior. Essa conclusão foi possível ao afastar um quadro de luto, excluir efeito direto de substâncias e outras condições médicas, associada à presença de pelo menos cinco sintomas da classificação, sendo esses presentes na maior parte dos dias em pelo menos duas semanas, e um deles necessariamente sendo o humor deprimido ou perda no interesse ou prazer. O atendimento foi de extrema importância para consolidar os conteúdos abordados até aquele momento na faculdade de Medicina, principalmente relacionados com a área de Psiquiatria pois foi realizado o atendimento de uma pessoa com diagnóstico de depressão e aprendeu-se como é o seguimento no tratamento desses pacientes, principalmente quando há risco de tentativa de suicídio.  Além da colaboração acadêmica do atendimento, outra contribuição de extrema relevância foi a da formação pessoal de cada pessoa que pôde participar da consulta, tanto os acadêmicos, como o professor docente, pois houve o aprendizado em como atender com mais humanização o paciente.

     

    Palavras-chave: Depressão; aspectos clínicos; tratamento antidepressivo.

     

  • Palavras-chave
  • Depressão; aspectos clínicos; tratamento antidepressivo.
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