A utilização da telemedicina no âmbito da atenção primária tem se demonstrado, principalmente no contexto atual, uma ferramenta importante na ampliação do acesso à saúde. Na oftalmologia, esse artefato tem relevância no rastreamento precoce das oftalmopatias e no consequente encaminhamento ao especialista. A teleoftalmologia na atenção básica busca otimizar os atendimentos, reduzir custos e beneficiar um maior número de pacientes com consultas de qualidade e sem o tempo de espera observado no sistema público de saúde. Tal estudo tem como objetivo avaliar a utilização da teleoftalmologia em diversos países e sua aplicabilidade no cenário epidemiológico brasileiro. Para tal, foi realizada revisão integrativa de literatura nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS, em português e em inglês, utilizando os descritores “ophthalmology”, “telemedicine” e “tele-ophtalmology”, sendo selecionados artigos dos anos de 2009 a 2021. Os principais resultados encontrados evidenciam que a teleoftalmologia não substitui a oftalmologia tradicional e apresenta obstáculos como acesso, comunicação, qualidade e segurança. Entretanto, é um método efetivo, uma vez que a maioria dos usuários ficaram relativamente satisfeitos e os resultados obtidos através dessa metodologia ofereceram resultados semelhantes aos dos métodos tradicionais. Portanto, conclui-se que a telemedicina aplicada à oftalmologia possui sua eficácia validada através de diversos estudos, podendo ser utilizada e aplicada com segurança. Entretanto, nota-se que fatores como falta de recursos, capacitação de profissionais e implementação de protocolos são alguns dos embates para sua efetivação no Brasil.
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