LINFOMA DE HODGKIN: UMA REVISÃO NARRATIVA

  • Autor
  • Trévor Ragnini Testa
  • Co-autores
  • Chanandra Wiggers Cesconetto , Eduardo Silveira Paul , Érica de la Torre Prado Pereira , Jéssica dos Santos Giordani , Luiza Toscan , Marcelo Ketzer , Priscila Fogolari Perozzo , Rafaela Amaro Link , Suelen Pizzi , Denise Ramos de Almeida2
  • Resumo
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    Introdução: O atual Linfoma de Hodgkin (LH), foi nomeado em 1832 pelo médico britânico Thomas Hodgkin e em 1990 foi reconhecido como doença maligna do sistema linfático. O LH é uma neoplasia rara de células B, pode acometer qualquer faixa etária, mas tem dois picos de incidência aumentada, indivíduos jovens e com mais de 55 anos. Métodos: Esse estudo se constitui de uma revisão narrativa de caráter descritivo sobre o LH. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2020, utilizou-se para a pesquisa as bases de dados Nacional Library of Medicine (PubMed) e Google Scholar. Foram elegíveis os artigos encontrados pelos seguintes descritores: [Hodgkin Lymphoma] OR [Hodgkin's Lymphoma] OR [Hodgkin Disease]. Os artigos selecionados estavam disponíveis na forma de artigos originais ou de revisão, priorizou-se artigos publicados em periódicos internacionais, foram elegíveis somente artigos em língua inglesa. Estudos e pesquisas de anais de congressos, monografias, dissertações, teses e boletins informativos foram excluídos da revisão; assim como, artigos que abordavam, exclusivamente, temas muito específicos da doença. Após a seleção dos artigos de acordo com os critérios supracitados, seguiram-se os seguintes passos: leitura exploratória, leitura seletiva e escolha do material que se enquadrasse nos objetivos do estudo, análise dos textos, leitura interpretativa e redação. Resultados e Conclusões: O linfoma de Hodgkin (LH) manifesta-se com o aumento indolor dos linfonodos periféricos. Os pacientes comumente apresentam envolvimento dos linfonodos cervicais, mediastinais anteriores, supraclaviculares e axilares, enquanto as áreas inguinais são menos frequentemente envolvidas. Ao diagnóstico, a maioria dos pacientes com LH apresenta linfadenopatia supra-diafragmática. A doença pode, mais comumente, envolver grupos de linfonodos regionais, porém o LH também pode afetar tecidos extra nodais por invasão direta ou por disseminação hematogênica. Os locais extra nodais mais comumente envolvidos são baço, pulmões, fígado e medula óssea. Aproximadamente, um terço dos pacientes apresenta sintomas sistêmicos que incluem febre, suores noturnos e perda de pesoO diagnóstico inicial de LH deve ser feito por biópsia. A biópsia deverá ser excisional de um linfonodo inteiro, sendo então levado a exame histopatológico. Para estabelecer um diagnóstico definitivo, é necessário que sejam identificadas as células de Reed-Sternberg na amostra de biópsia. A base do tratamento do LH é a quimioterapia e a radioterapia. O esquema quimioterápico preconizado é a combinação ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina). Com o advento dessa combinação a abordagem do LH teve importante avanço nas últimas décadas, consolidando-se a noção de que o diagnóstico precoce é fundamental para a obtenção de melhores desfechos da doença. Em 1998, surgiu o “Hasenclever International Prognostic Score” (IPS) projetado para prever a ausência de progressão da doença de Hodgkin em cinco anos, o que conferiu uma forma de objetivar o prognóstico dos pacientes, dando maior segurança ao médico assistente e ao própio pacientes.

     

  • Palavras-chave
  • Linfoma de Hodgkin, Doença de Hodgkin, Hematologia
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