INTRODUÇÃO: A musicoterapia (MT) tem ganhado uma relevância maior nos dias atuais, sendo estudada em diversas áreas do contexto hospitalar e extra-hospitalar. Ela mostra-se como uma terapêutica eficaz para o tratamento de diversas doenças, pois sabe-se que experiências musicais agem como moduladores da emoção, estando conectadas ao sistema nervoso autônomo (SNA). OBJETIVO: Este estudo tem o objetivo de avaliar a influência da MT na qualidade de vida (QV) de pacientes, tanto na prevenção de doenças quanto na promoção de saúde. MÉTODO: Para isso, foi realizado uma busca na plataforma BVS, usando operadores booleanos para associar os descritores “Musicoterapia”, “Prevenção de doenças” e “Qualidade de vida” em conformidade com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). A pesquisa foi realizada no dia 24 de abril, utilizando-se apenas trabalhos publicados a partir do ano de 2005 e em língua inglesa. Assim, foram obtidos 34 artigos, sendo selecionados 7 trabalhos de acordo com os seguintes critérios de inclusão: musicoterapia na promoção de saúde ou na melhora da qualidade de vida. RESULTADOS: Dentre os resultados encontrados, destaca-se o benefício da MT em diversos quadros clínicos, como: nas doenças cardíacas, em que verificou-se uma redução dos batimentos cardíaco por minuto; na demência e ansiedade, mostrando uma redução no escore de ansiedade do grupo experimental medido através da Rating Anxiety in Dementia (RAID); no espectro do autismo, na qual verificou-se melhora nas habilidades de comunicação e convivência social das crianças participantes; nos quadros de depressão, os quais evidenciaram diminuição dos sintomas depressivos e melhora do humor geral e da QV em idosos com doenças crônicas; e, por último, ressaltou-se um efeito positivo da MT para evitar que indivíduos desintoxicados possam ter recaídas no seu adictismo. CONCLUSÃO: Conclui-se que a MT tem efeito benéfico na promoção de saúde e prevenção da piora de quadros clínicos, tendo em vista que a MT apresenta diferenças significativas entre os momentos pré e pós-intervenção, melhorando a QV e reduzindo a intensidade dos sintomas dos pacientes. Dessa forma, baseado nas evidências da literatura sobre a necessidade de intervir e promover transformações no cotidiano dos pacientes, entende-se que a MT é uma opção terapêutica benéfica e deve ser cada vez mais explorada.
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