INTRODUÇÃO:
Na Neurocirurgia, a complexidade de procedimentos cirúrgicos aumenta simultaneamente com os avanços tecnológicos, como a introdução da simulação que tem o potencial de aperfeiçoar a qualidade do ensino em anatomia cirúrgica e os conceitos básicos aplicados na prática.
OBJETIVO:
O objetivo gira em torno de apresentar as tecnologias de simulação cirúrgica vigentes com o intuito de viabilizar o aprimoramento técnico do cirurgião e planejamento cirúrgico no contexto da neurocirurgia pediátrica com vias a promover uma curva de aprendizado mais eficiente desses profissionais.
MÉTODO:
Pesquisou-se nas bases de dados da MEDLINE, EMBASE, Web of Science e SciELO, usando os seguintes descritores: “simulação”, “cirurgia”, “pediatria” e “neurocirurgia”. Foram encontrados 55 artigos e 20 excluídos por serem duplicados. Os critérios de inclusão foram estudos publicados de 2011 até 2019, pesquisas primárias qualitativas e quantitativas, e pesquisas secundárias. Excluiu-se artigos de revisão narrativa e integrativa, monografias e qualquer estudo publicado antes de 2011 foram excluídos. Após a análise minuciosa 10 artigos foram selecionados por atender a questão norteadora.
RESULTADOS:
O uso de simuladores virtuais na neurocirurgia pediátrica tornou-se uma opção viável e eficaz, sendo realizado a partir da tomografia computadorizada (TC) para formar uma modelo tridimensional (3D) de resina, a partir da técnica conhecida como ‘’H’’, para melhorar a visualização do crânio e a simulação cirúrgica. No contexto da neurocirurgia pediátrica, foram desenvolvidos simuladores para treinamento de neuroendoscopia e abordagem de cranioestenose que apresentam interface radiológica, ou seja, podem ser submetidos ao raio-X e à tomografia computadorizada. Diante disso, aplicação de simuladores de realidade virtual permite aos profissionais e aos residentes da área de neurocirurgia aperfeiçoar as habilidades técnicas e consolidar o conhecimento a partir de repetição que auxilia na curva de aprendizagem. Assim, aplicação da simulação cirúrgica na neurocirurgia pediátrica tornou-se uma opção segura e eficaz.
CONCLUSÃO:
A simulação cirúrgica na neurocirurgia pediátrica compreende simuladores para procedimentos de neuroendoscopia e de craniossinostose, e é um instrumento relevante na qualificação de profissionais e residentes de neurocirurgia, contribuindo para redução no tempo cirúrgico e na taxa de erros, melhor desempenho e, por conseguinte, melhor prognóstico do paciente.
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