A Nefrite Lúpica é uma das manifestações de maior morbimortalidade do Lúpus podendo cursar desde hematúria assintomática e proteinúria discreta à quadros de maior gravidade culminando em doença renal crônica. Esse trabalho objetiva abordar sobre atualizações da Nefrite Lúpica com enfoque em seus critérios diagnósticos e diferentes condutas terapêuticas, permitindo assim, uma melhor qualidade de vida ao paciente. Foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed e SciELO, com os descritores “nefrite lúpica”, “glomerulonefrite lúpica” e “diagnóstico e tratamento da nefrite”, nos idiomas português e inglês publicados nos últimos 13 anos, dos quais foram selecionados 8 artigos de maior relevância. O diagnóstico de Nefrite Lúpica é feito a partir do quadro clínico, caracterizado principalmente por edema em face e membros, hipertensão arterial, elevação de creatinina sérica e hematúria dismórfica, associado a biópsia renal confirmatória. A partir da biópsia, a doença é classificada de acordo com critérios estabelecidos pela Sociedade Internacional de Nefrologia e tratada conforme o seu grau de acometimento, que varia desde nefrite mesangial, cujo tratamento é feito com corticosteroides e hidroxicloroquina, até a nefrite membranosa que pode cursar com maior gravidade. Nesta última, utiliza-se corticosteróides associados a aziatropina ainda assim podendo evoluir para terapia dialítica ou transplante renal. A Nefrite Lúpica é portanto, uma doença grave, de difícil tratamento, em que uma abordagem imediata de casos suspeitos com a realização de biópsia renal, oportuniza diagnóstico e intervenções precoces garantindo maior sobrevida e menores complicações.
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