INTRODUÇÃO: Em janeiro, deste ano 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sinalizou a emergência de um surto de um novo coronavírus na China, logo, em março a OMS declarou a Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, com a proliferação em escopo planetário da doença batizada de COVID-19 e caracterizada como uma pandemia (OMS, 2020). Os serviços de emergência foram o foco da assistência aos infectados pelo COVID-19, e com a elevada carga de trabalho, a probabilidade de contaminação aos familiares e de se contaminar, a falta de informação foram os principais fatores habilitados por ocasionar estresse emocional nos profissionais da área da saúde. É válido ressaltar que durante a pandemia ficou evidente a relevância dos profissionais “de linha de frente” na urgência e emergência (LIMA, 2023).No entanto, a trajetória do serviço de emergência como uma especialidade médica é recente e surge em todo o mundo na década de 70. A atuação do médico que trabalha na linha de frente da assistência abrange responsabilidade estratégica e no atendimento diagnóstico e tratamento dos pacientes que necessitam de cuidados diante de situações agudas ou lesão que requeira atendimento imediato, dai a alta probabilidade de estresse no ambiente de trabalho de forma natural. OBJETIVO: Descrever a elevada carga de trabalho dos médicos emergencistas durante a pandemia por COVID-19 e a associação com doenças relacionadas ao estresse de trabalho . METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores Emergências, Medicina, saúde mental, Pandemia, Carga de Trabalho. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudo publicado por FARO em 2020 mostra que o atendimento nas urgências deixam os médicos mais vulneráveis aos efeitos psicossociais da pandemia de COVID-19. Corroborando com o objetivo dessa revisão ENUMO em 2020 descreve que a realidade do médico emergencista, que é o líder da equipe de saúde em situações de emergências, tem como possíveis causas de adoecimento as doenças mentais devido a fontes de estresse e sobrecarrega, durante a pandemia também são apontadas como causas que corroboram para o adoecimento mental a natureza da própria infecção pelo covid 19, testes insuficientes, falta de vacinas ou de um tratamento eficaz, evolução grave de alguns pacientes, falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e de suprimentos médicos; cargas de trabalho prolongadas; condições inadequadas de repouso (REDANTE, 2024). CONCLUSÃO: Diante do exposto, é possível o adoecimento mental do médico emergencista devido sobrecarga de trabalho durante a pandemia por COVID-19, no entanto seria válido ampliar estudos sobre essa temática oferecendo assim mais subsídio teórico para o futuro das práticas médicas e de saúde mental de todos os profissionais da saúde
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Comissão Científica