Introdução: A osteoporose é caracterizada pelo aumento da fragilidade do osso e tem elevada taxa de morbimortalidade, que afeta principalmente as mulheres na fase da menopausa, devido ao desequilíbrio hormonal desse período. O uso excessivo de glicocorticoides em conjunto ao seu uso prolongado no tratamento de diversas patologias, induzirão a ocorrência da osteoporose secundária. Objetivos: O presente trabalho objetiva analisar literaturas recentes acerca da relação da osteoporose e menopausa com o uso exacerbado de glicocorticoides. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura. Foi realizada a busca por artigos indexados nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs e Periódico CAPES. Foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações, escritos em português, inglês e espanhol: osteoporose, glicocorticoide, menopausa. Os critérios de inclusão foram artigos que abordaram o assunto referido e que continham os descritores no título do trabalho ou que estivessem inseridos no resumo. Excluíram-se os artigos duplicados, aqueles que não respondiam à pergunta do estudo e os estudos secundários. Resultados: Foram recuperadas 2917 publicações que passaram por três etapas de seleção, o que resultou em nove artigos selecionados. Baseado nos resultados dos estudos incluídos na presente revisão, é visto que os glicocorticoides, apesar do ótimo potencial anti-inflamatório, se mostram, se usados de forma excessiva, a principal causa da osteoporose secundária. O risco relativo está relacionado com a dosagem e duração do tratamento, de forma a aumentar os riscos se utilizados por mulheres na menopausa que apresentam queda da produção de estrógeno que resulta na queda de massa óssea. Conclusões: Verifica-se uma correlação entre a osteoporose e o uso de glicocorticoides por mulheres no período da menopausa. Assim, extrai-se que o uso prolongado e de altas doses de glicocorticoides é um fator de risco considerável para osteoporose, condição agravada durante a menopausa, em razão do desequilíbrio hormonal com a queda da produção de estrógeno e frequente deficiência de cálcio e vitamina D. Apesar de muitas vezes a osteoporose ser colocada em segundo plano devido a gravidade da doença de base, o tratamento profilático deve ser instituído sempre, de forma a diminuir os danos dos glicocorticoides sobre o tecido ósseo.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida