Introdução: O uso de esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) vem se tornando um problema mundial de abuso de substâncias nas últimas décadas. Todos os EAA possuem propriedades anabólicas, promovendo o crescimento muscular, juntamente com propriedades androgênicas, que causam efeitos masculinizantes no usuário, como as características sexuais secundárias masculinas. Apesar dos efeitos colaterais conhecidos associados a doses suprafisiológicas dessas drogas, seu efeito anabolizante levou ao seu uso e abuso por fisiculturistas e atletas de força que buscam melhorar o desempenho e a massa muscular. Objetivos: correlacionar o uso abusivo de esteroides anabolizantes por atletas, os efeitos colaterais e o protocolo de uso. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre o período de 20 Agosto a 1 de Setembro de 2022. Na plataforma Pubmed, preconizam-se os descritores “Anabolic Steroids” e “Bodybuilding”, combinados com o operador Booleano “AND”. Os filtros utilizados para aperfeiçoar as buscas foram datas de publicação entre os anos 2012 e 2022, textos completos, escritos em inglês ou português.
Resultados: o final, foram encontrados 32 artigos, dos quais foram selecionados 3. Diante da leitura dos artigos observou-se que os EAA se espalharam por atletas que buscavam força suprafisiológica, resistência e massa muscular. Os principais EAA utilizados pelos atletas podem ser divididos em três grupos: 1. Derivados de testosterona que são conhecidos por induzir ganhos musculares e de força rápidos; 2. Derivados de diidrotestosterona que são potentes construtores de força e massa muscular; 3. Derivados de nandrolona, esses compostos mostram a maior proporção anabólica para androgênica. No entanto, a administração dessas substâncias pode resultar em atividade progestogênica elevada. Conclusões: Altas doses de EAA têm efeitos comprovados na melhora de composição corporal, níveis suprafisiológicos de hormônios anabólicos, aumentam a síntese de proteínas, ao mesmo tempo que previnem a quebra de proteínas. No entanto altas doses de EAA podem causar efeitos colaterais como, doenças cardiovasculares, doenças hepáticas e descompensação dos eixos hormonais. Desse modo, evidenciamos que é imprescindível procurar um médico especialista, que é o único capacitado para prescrever essas substâncias de forma correta, seguindo um protocolo que vise minimizar os efeitos colaterais relacionados ao uso dessas substâncias.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida