ESQUISTOSSOMOSE MANSONI EM ALAGOAS: PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS.

  • Autor
  • Rodrigo Montenegro de Pereira Campos
  • Co-autores
  • Maria Victoria de Morais Born Ribeiro , Bianca Coelho Amorim Carvalho de Santana , Mariana Chagas da Cruz Correia , Liliane Günther Rodrigues da Rocha , Linda Concita Nunes Araújo , Beatriz Valiante Alves da Silva
  • Resumo
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    Introdução: A esquistossomose mansônica, conhecida como “barriga d’água” é uma doença infectoparasitária causada pelo Schistosoma mansoni e transmitida pelo caramujo do gênero Biomphalaria. Apesar dos progressos no diagnóstico, tratamento e conscientização acerca das medidas preventivas, a doença continua sendo uma enfermidade negligenciada e está associada à pobreza e ao baixo desenvolvimento socioeconômico, apresentando-se de forma endêmica no Estado de Alagoas. Objetivos:  Descrever o perfil epidemiológico relacionado aos casos de esquistossomose em Alagoas. Métodos: O estudo foi definido como quantitativo descritivo, tendo como fonte de dados as informações publicadas pelo Ministério da Saúde, por meio das Diretrizes Técnicas da Vigilância da Esquistossomose Mansoni, Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (SISPCE). Como critério de inclusão, foram selecionadas as publicações do Ministério da Saúde acerca da Esquistossomose. Foram excluídas as informações duplicadas ou as que não continham descrições concernentes à região de escolha, o estado de Alagoas. Resultados: As publicações relatam a realização de três pesquisas pelo Programa de Controle da Esquistossomose, nas quais Alagoas ficou no terceiro lugar geral em duas e em segundo lugar em uma das pesquisas, apresentando taxa média de positividade de 7,1%, apresentando níveis elevados se comparada à prevalência de 3,3% no último inquérito de esquistossomose realizado entre 2010 e 2015, sendo a 3ª região sanitária a mais afetada. Segundo o SISPCE, entre os 102 municípios de Alagoas, foram notificados casos de esquistossomose em 70, estando nestes a prevalência superior a 15%. Consoante dados do DATASUS, em 2007 houveram 184 casos confirmados notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação em Alagoas, já entre os anos de 2008 e 2015 houve queda do número dos casos, chegando a 23 em 2013, entretanto, em 2016 as notificações subiram, atingindo 126 casos. Conclusões: Com base nos resultados obtidos, identifica-se o estado de Alagoas como endêmico a esquistossomose, o que gera grande preocupação com o poder público. A patologia se configura como um problema de saúde pública que carece de um reforço em ações educacionais contínuas e saneamento básico direcionados à região.

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Esquistossomose, Alagoas
  • Área Temática
  • Epidemiologia da regionalidade
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