A contaminação da água e frutos do mar pela Hepatite A e a importância da vacinação da população litorânea.

  • Autor
  • Letícia Leão Gazzaneo Medeiros
  • Co-autores
  • Lívia França Tenório Pinheiro , Kalline Torres de Castro Santos , Mateus Oliveira Carvalho , Luan Santos Correia , Henrique Sander Mariano Braga Rodrigues , Maíra Estanislau Soares de Almeida
  • Resumo
  • Introdução: A Hepatite A é uma doença infecciosa causada por um vírus da família hepatovírus (HAV) que atinge o fígado. A principal forma de transmissão é a oral-fecal  e por isso sua propagação depende das condições higiênicas da população. Na  região litorânea, o contato com a água e a ingestão de frutos do mar é um meio importante de contaminação, pois, em diversas regiões os dejetos da população são lançados no mar. Objetivos: Identificar artigos sobre a importância da contaminação da água e frutos do mar na epidemiologia da Hepatite, bem como correlacionar com a  importância da vacinação. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática de artigos nas bases de dados: MEDLINE, LILACS e SCIELO a partir dos descritores “hepatitis A”, “Seawater” e “shellfish”, combinados utilizando o operador booleano AND. Foram encontrados 425 artigos e excluídos aqueles que não tratavam da hepatite A ou não se relacionavam com o consumo de frutos do mar. Após os critérios restaram 61 artigos que foram usados para elaboração da revisão. Resultados: Encontrou-se diversos artigos relacionando contaminação da água e frutos do mar e Hepatite A. Os animais mais associados à transmissão foram os filtradores, como ostras e massunim, por concentrarem o HAV advindo do esgoto e diretamente das fezes contaminadas presentes na água, agindo como vetores. Os fatores de alto risco para contaminação são: baixas temperaturas da água, elevada prevalência de doenças entéricas na comunidade e chuva, pois gera transbordamento do sistema de esgoto. Além disso, estudos mostram que este vírus é mais estável do que a maioria dos enterovírus e fica praticamente inalterado por 4 semanas em temperatura ambiente. A resistência permite que o vírus se mantenha mesmo após o cozimento rápido; a inativação só é alcançada com temperaturas acima de 60°C. Por isso, a ingestão de moluscos aumenta o risco de adquirir hepatite A. Conclusões: Devido à grande expressão dessa forma de contaminação, é preciso reforçar a importância do meio de prevenção mais efetivo, a vacinação, especialmente na população cuja alimentação provém dos frutos do mar e tem contato frequente com a água, ou seja, a população litorânea.

  • Palavras-chave
  • Hepatitis A, Seawater, Shellfish
  • Área Temática
  • Processo saúde-doença do indivíduo, da família e da comunidade
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  • Pesquisa clínica-laboratorial
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Comissão Científica

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